segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ONDE SE ESCONDE O SISTEMA?



(sexta-feira, último dia da semana para comprar crédito para o bilhete eletrônico – o antigo passe escolar em São Luís)

- Por favor, eu gostaria de pôr dez reais de crédito no bilhete de passagem.
- O SISTEMA está fora do ar, se você quiser esperar um pouco... Espera, já, já entra no ar.
- humm... já, já? Sei...

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(sábado, último dia útil para pagar conta de banco, água, luz e telefone antes do vencimento)

- A fila tá grande aqui na Lotérica, né não?!
- Por causa da mega sena que está acumulada.
- Mas porque a fila não anda?
- o SISTEMA tá parado.
- ah tá!

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(segunda-feira, primeiro dia de rematrícula numa IES estadual do Maranhão)
- Eu gostaria de destrancar meu curso para poder me matricular nas disciplinas deste período.
- sem problemas... preencha aqui essa ficha. O problema é que o SISTEMA está fora do ar e aí não dá para liberar hoje.
- pôxa... tá!

Ele está presente em todas as instituições atualmente e é filho direto do Chip com a Burocracia. Esta, já mal-falada desde os tempos da monarquia, está envelhecida, mas não deixou de produzir. Por vezes se esquece de trabalhar, e tudo parece que vai funcionar como deveria: funcionários sorridentes, papéis arrumados na mesa, salas sem filas, pessoas satisfeitas com seus documentos em mãos...

[PAUSA]

Era apenas um sonho. Não dela, mas seu ou meu. Esqueceu do filho dela? Aquele merda chamado SISTEMA? Pois é... quando tudo parece um sonho, onde tudo funciona as mil maravilhas, vem esta peste, bagunça tudo e ainda goza da tua cara: IEIIIIIIIIIII!
Içami Tiba nos ensina que devemos educar nossos filhos com base no amor. Mas muito amor também não mima? Será que dona Burocracia alisou tanto a cabeça desta peste que o pikeno* ficou assim tão saliente*?
Quantas vezes não desprogramamos compromissos, desfazemos encontros, deixamos o trabalho ou outra atividade para obedecer as normas deste chato, só pra depois ele curtir da nossa cara?
E o pior que ele sempre sabe a hora que você vai chegar para te fazer uma surpresinha...
- Ôooo... o SISTEMA acabou de sair do ar.
- E nem deixou recado? Humpf!

Os radicais e revolucionários – cinqüenta por cento, colegas do curso de História – adoram gritar aos quatro cantos em mobilizações:
- Abaixo o sistema! Fora o sistema!

É, queridos... “Se você não consegue derrotar seu inimigo, junte-se a ele”.

Vamos knuseaaaaaaar!


Elas estão de volta para mostrar que a música, universal e atemporal, é também vibração, energia, alegria, histeria. E trazendo aquilo que de melhor têm a oferecer: a sua música, sua mensagem de otimismo, liberação feminina e atitude.


A fênix, quando ressurge das cinzas, traz em seu novo vôo, a luz de um novo tempo. E o tempo chegou! Já está disponível para download o novo CD da KNUSI. A banda pop que revolucionou a música universitária dos últimos quatro anos.


Tão rápida como sua criação, foi seu afastamento e agora seu retorno.


Em recente reunião do grupo no BAMBU BAR, as integrantes fizeram um pocket-show para os freqüentadores do local e aproveitaram para lançar o single “Chega de Dogma”, uma regravação do sucesso de Lulu Santos.


A música foi gravada por meio de processo eletrônico inédito que reúne fragmentos de conversas e discussões “apimentadas” sobre tabus e atitude moral. “A gente tava preparando umas matérias para disciplinas do curso de Comunicação e esqueci o gravador ligado enquanto conversávamos... depois que ouvi o material achei bem legal e aquilo daria música. Liguei pro nosso produtor e resolvemos nos reunir pra editar e compor o material”, comenta Lidiane.


O novo single mostra uma KNUSI mais eclética musicalmente com um material que vai do reggae ao bolero. A participação das integrantes no processo de composição dos arranjos foi fundamental para que o disco ficasse com a “cara” delas. “Bicho, a gente sentia falta de um cd que pudesse ser não só um material com nossa produção fonográfica, mas também visual. A KNUSI é híbrida nesse sentido”, enfatiza Polyana. Ela foi responsável pela concepção do projeto gráfico do CD e também tocou baixo em todas as faixas.


O single “chega de dogma” é uma porrada na veia. O som marcanta do baixo sustenta durante toda a música as vozes sampleadas das meninas. “Caralho”, “porra”, “i hate you”, são expressões usadas na canção e que inauguram uma nova proposta poética do grupo, além de gritos histéricos, risadas intermitentes e sons de batidas na mesa, copos e respirações ofegantes. “A metalinguagem sempre foi uma marca da KNUSI. A experimentação de novas linguagens e novos conceitos e o uso de expressões consideradas toscas pelos outros fortalece nossa idéia de que tudo é válido”, declara Luana.


Outra novidade foi o sistema de gravação em estúdio com o uso das novas tecnologias. Samantha, em viagem à Pindaré, não pode estar presente no dia da gravação. Não estava fisicamente, mas por celular acoplado à mesa de gravação participou da faixa e deu um efeito moderno à sua voz por meio da via telefônica. “Eu realmente estava muito afastada das meninas, mas nada que o BOOM das novas tecnologias para nos reaproximar. Eu continuo em Pindaré e faço show direto do celular com minha imagem do telão. Isso é não massa?”, indaga Samantha.


Para quem quer adquirir uma cópia do trabalho da KNUSI, basta entrar no blog Raladosnanet.blogspot.com. Além do single, você fica sabendo também das últimas novidades no dia-a-dia das meninas.
Da Assessoria de Imprensa da Knusi


quarta-feira, 7 de novembro de 2007

The dream is over (ainda bem!)



E de repente, abro os olhos...
Procuro o celular embaixo do travesseiro, aperto um botão e ele se ilumina.
Vejo as horas: sete da manhã.
nhé, tá cedo!” Viro pro outro lado da cama e durmo novamente.
Começo a sonhar umas maluquices que depois pensando melhor não eram tão malucas assim.
Se eu lembrasse dos meus sonhos na íntegra ia fazer um roteiro e filmar. Um lance assim meio vídeo-arte, meio experimental, sem pé nem cabeça, assim como são os sonhos...
O de hoje cedo, que lembro vagamente, seria assim:

CENA 1- INT. DIA – sala da minha casa
Pedrin (sim, Pedro Canto!) está na sala da minha casa conversando animadamente com minha irmã, numa coisa do tipo amigos pra toda vida [seria uma premonição?]
Fade out
CENA 2 – INT. DIA – meu quarto
Eu tô no meu quarto lendo e, de repente, o teto começa a ser destelhado, entra um feixe de luz em cima de mim muito forte e impede que eu continue a leitura. [ hein?]
Levanto e vou ver pela janela do meu quarto [sendo que meu quarto nem tem janela, mas no sonho tinha] o motivo de um burburinho na rua.
Fade out
CENA 3 – EXT. DIA – rua da minha casa
Todos os vizinhos estavam na rua em polvorosa vendo a demolição da casa da vizinha. Pedro e minha irmã estavam no meio desse povo.[será que minha vizinha vai se mudar? Ow, seria tão bom! Hehe!]
Fade out
CENA 4 – INT. DIA – banheiro
Eu tava tomando banho e o chão do banheiro sumiu e eu comecei a cair no vácuo [eu sempre sonho com isso, já é praxe ¬¬]
Fade out
CENA 5 – INT. DIA – meu quarto
Tô de novo na minha cama, lendo com um buraco no teto, mas sem toda aquela luz incômoda. Aparece um cara que entra pelo buraco do telhado se identificando como um dos caras da demolição ao lado. A gente começa a conversar [sabe Dels sobre o quê!]
Fade out
CENA 6 – INT. DIA – restaurante universitário
Tô na fila do RU com Alberto e Joed [hehe] e eu acabo derramando comida na minha roupa. Só tinha feijão na minha bandeja e tava muito, mais muito quente.
fade out



Viro pr’um lado, viro pro outro, abro os olhos. Pego o celular debaixo do travesseiro:
Dez pr’as oito!
caralho, eu tô atrasada!”




Polyana Amorim

bicho, eu vou parar de beber



segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Adios, Argentina!

Não se sabe ao certo como foi o início de tudo, assim como não se sabe de onde veio a Luzia de 11 mil anos atrás, assim como estipulam a Pangéia; só se sabe onde foi o berço dos toscos e ralados (foto acima): um ambiente de trabalho, uma fila de restaurante universitário, corredores de um prédio de ciências sociais, uma calçada de fofocas, bares universitários e mesas de sinuca. Bem, penso que o onde definiu o como.

Nos percursos diários por esses lugares convidativos à lembrança de grandes histórias de um grupo de colegas de faculdade, uns se tornaram grandes amigos de vida. Salvos alguns lugares, outras pessoas também se agregaram. Todos oriundos de grupos de amigos diferentes e se uniram após o amadurecimento de suas primeiras experiências universitárias.

O núcleo (te mete!) era formado por um quinteto. Deste quinteto, quatro meninas formaram uma banda musical de grande sucesso internacional: KNUSI. Entre elas, o único homem seria o responsável pela produção dos seus shows. Seria, se ele fosse competente. Hunf. Mas, como todo sucesso deve ter um fim, assim aconteceu com a KNUSI (inverta a ordem silábica =D). Uma das integrantes da banda resolveu fazer carreira solo e o grupo não foi mais o mesmo. Formou-se, então, o quarteto dos toscos e os ralados, que passaram a se comunicar matinalmente por meio de e-mails, uma vez que cada um caminhou para um ambiente de trabalho diferente. Eram felicitações de bom dia, declarações de amor, amizade, saudades, fofocas e planos para o fim do dia.

Após a inserção de alguns integrantes no chatO, o núcleo resolveu criar o blog Toscos e Ralados na Net. Por que este nome? Tosco se tornou uma gíria polissêmica e Ralados os falantes desta gíria.Huhuhu.

Hoje, após seis meses (acho), o blog tem apenas três integrantes do quarteto de formação. Desses três, dois já têm blogs pessoais. O chatO ficou totalmente chato e o blog há um mês vem sendo afetado pelas mudanças na vida dos seus integrantes afoitos pelo término de suas monografias e aziados pelo marasmo da universidade. Estamos mesmo ficando adultos! Acredito que o blog foi um experimento das nossas vidas de universitários. Vidas que têm seus dias em contagem regressiva para o fim.

Penso que não devamos relutar, como relutamos um dia com o fim da KNUSI, como ainda relutamos com o fim do chatO e como o Los Hermanos não relutou contra o fim da melhor banda de todos os tempos. Nosso blog deve ter um fim digno, para que não se bandeie para discussões tolas e perca o que ele sempre teve: irreverência.

Não estou dando o fim à minha participação no blog. Só acredito que precisamos de um tempo para repensá-lo. PEÇO FÉRIAS...Enquanto isso, vou andando por outros campos, por outros mundos.



Luana Diniz
buáááááá

sábado, 3 de novembro de 2007

Direito? Onde?

A nova propraganda (Campanha Conscientização do voto jovem) do TSE – Tribunal Superior Eleitoral –, que está no ar em todas as emissoras de tv do país há alguns dias, mostra jovens reivindicando o direito de serem ouvidos. A propaganda seria interessante se ela não fosse óbvia ou, então, se no lugar da obviedade, a tal ferramenta proposta como megafone fosse outra, além do voto.

Embora a “politicagem” tenha tomado a vez nos meandros políticos, eu sou a favor do voto. Do voto sem essa máscara imposta aos cidadãos.

Mas voltando à peça publicitária, o que me inquieta também é a forma que o voto toma para solucionar a falta de voz dos jovens. É direito e dever de todo o cidadão lutar para ser ouvido, mas regredir o direito ao voto aos 16 anos, como há várias eleições vem sendo estabelecido, não passa de uma jogada política para o aumento da população eleitoral.

Aqueles, no entanto, mesmo conscientes da politicagem e prontos para gritar a vários cantos as suas opiniões, são alvos desse suporte por um outro viés. Quem não já ouviu ou disse que "se o adolescente de 16 anos já pode votar, ele também pode responder por seus atos"? Esse discurso fundamentado num sentimentalismo exacerbado e na ausência de responsabilidade social serve de justificativa para a redução da maioridade penal. Um discurso negligente...
Se o jovem aos 16 anos vota, não é porque os representantes sejam conscientes da sua capacidade psicológica e emocional de responsabilidade. Mas sim porque a sociedade, os representantes políticos e, pior, a mídia estão numa campanha intensa para usar os jovens num desvio insolente de atenções. Você deve estar pensando que eu seja contra tal postura, não é? Você não errou. Os jovens não devem desviar atenções. Os jovens devem ter seus direitos respeitados somente. Direito que está além do voto. Direito de respeito. Já estou tão indignada que vou deixar esse texto por aqui...Você vai se importar muito em não terminar como deveria terminar? Tá! Depois eu colo aqui um artigo que eu fiz contra a redução da maioridade penal, então, você vai me entender...Enquanto isso, vou ali descansar as minhas costas que estão doendo. Xêru.
Luana Diniz
aaarrrr

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Da bolha a gente vê um pouco do mundo...


Para quem ainda tem "O Segredo de Brokeback Mountain" como a história de amor mais moderna do cinema atual, precisa rever seus conceitos. Na verdade, precisa é ir ao cinema mesmo! Em São Luís, Maranhão, mais especificamente no Cine Praia Grande. É, não vou tirar o mérito do "Segredo" por se tratar de um filme hollywoodiano e o filme que será aqui abordado é israelense.

A história é a seguinte: O vendedor de discos Noam, o gerente de um café Yelli e a vendedora de cosméticos Lulu (que não é a lunática...) dividem um apartamento em um bairro descolado de Tel Aviv. O local é o símbolo da "bolha", apelido dado à cidade. O trio leva uma vida comum, sem se preocupar com os conflitos políticos que agitam o país, até Noam se apaixonar por Ashraf, um palestino que conheceu após um acidente no posto de controle de Naplouse.

Bubble (bolha) é um filme que surpreende pela forma como vai descortinando um cenário atual e pouco abordado no cinema sobre o conflito entre palestinos e israelenses e como isso se dá no cotidiano em Tel Aviv. Política, sexo, preconceito, tabu, religião, comportamento... tudo é discutido de forma despreendida e envolvente. Afinal, envolvente mesmo é o romance entre os personagens principais.

O primeiro ponto que destaco é a amizade entre os três jovens que se respeitam e se amam como uma família libertária, que além da diversão, compartilham experiências e carinho explícito. Outro ponto é a abordagem sem estereótipos de uma relação amorosa entre dois homens. Um deles, militar, o outro, mulçumano.

A história revela uma Tel Aviv moderna e globalizada, com direito a programas de tv como Big Brother e Ídolos (versão israelita), além da trilha sonora envolvente, com direito a muitas audições de Bebel Gilberto.

Das cenas iniciais fortes na zona de fronteira da cidade, onde fica explícito o ódio entre as duas tribos (palestinos e israelitas), o filme segue para o cotidiano comum a todo jovem em qualquer parte do mundo: música, diversão, paqueras, trabalho, rave's...

A presença de Ashraf de incômoda passa a ser bem quista por conta da relação já instaurada com Noel. Mas Ashraf não sofre só porque é um palestino ilegal em Tel Aviv. Ele também é gay, sua família mulçumana está em festa pelo casamento de sua irmã com um dos líderes do Hammas. E tal casamento terá como conseqüência o noivado dele com a irmã de seu novo cunhado. Ele não pode assumir sua orientação sexual não só por conta da religião, mas também por uma questão cultural. Sua angústia se agrava quando passa a ser observado como um ilegal na cidade.

Mas eu não quero contar todo o filme, claro. Até porque vocês vão assistir, porque os outros ralados também querem tecer comentários e porque são vários os temas que o filme aborda que eu tou com sono pra postar tudo agora.

Encerro aqui com uma das cenas mostradas no filme, no qual o céu é visto metaforicamente como um parque de diversões com duas crianças brincando e felizes. Um local de paz, sem diferenças, sem preconceitos, com a pureza e a inocência de uma criança. Que não se preocupa se você é judeu, brasileiro, branco, preto, vesgo, rico, etc... onde só basta a alegria de viver e conviver em paz.



Alberto Campos Júnior
bubbler

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