quinta-feira, 31 de maio de 2007

Futuro dos ralados? Coooooobras!!!

(Em um dia desses, no bat-lugar, às 14h)

Lidiane: Éguas! Olha esse carro aê!
Luana: Viu? Jornalismo dá dinheiro!
Lidiane: Não, não. Ela é de Rádio e TV, até faz uma cadeira com a gente.
Luana: Uhm...É! Vocês têm futuro, então...hehehe

(Antes de ontem, 28/05/07, às 10h45)

Fulano: Caura, tu tá sabendo que essa mulher virou lésbica?
Luana: Hã?!? Como assim?
Fulano: kakaka...Sim, sim. Ela largou o marido há pouco tempo e está agora com uma mulher aê! Está até de carro novo!
Luana: Nossa! Eu não sabia, não! Que babado!

(Hoje, 30/05/07, às 15h15)

Luana: Viram? Lesbianismo dá dinheiro! Por isso que eu vou casar com meu quiabinho...blééééé

("Situação real", descrita por Alberto, às 15h..., durante a aula de Wesly)


Alberto: Afinal, a lésbica é rica e talentosa de rádio, é da (...) e tem um cabelo loiro?
Luana: É, panaca! Não sacou?
Alberto: E tu veio para a aula só para saber o que ela fala para ti aprender como ela obtem sucesso, né?!
Luana: Te toca! Eu quero é comê-la! Ainda não leu nada a respeito sobre o mercado da comunicação? Que os profissionais de jornal andam comendo os de rádio na TV? E o mercado é feroz!
Alberto: Vai fuder, CARALHO DE MERDA!
Lidiane: MEU DEUS! ISSO É VERDADE? Se dá dinheiro mesmo, até topo comer alguém de jornal! kakaka

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Wesly: Vocês estão com coisa aê!
Alberto: Coisa? A gente tá é resolvendo nosso futuro profissional.
Lidiane: Meu futuro é comer uma jornalista!
Luana: Que é?!? Eu já tenho mulher!!!!!
Alberto: Lidi, filha, antes de você virar sapatão, comprar teu carrão e ser apresentadora de TV, tu vai ter que chupar muito CARALHO e de MERDA! E, ainda, enfiar o dedo no cú desse mesmo velho nojento dono da (...).
(Enfim, fim de aula e todos para o bambu)

Luana: É, né?!? Fazer o quê? Também tem isso!!!!


terça-feira, 29 de maio de 2007

Comer solitário é mais gostoso...


Hoje, 29 de maio de 2007, descobri que a solidão que há em mim, que passou a me acompanhar devido a ausência de outros, me fez perceber o quanto é bom desfrutar da sua própria companhia.


Assim como no texto sobre o amor a sim mesmo, descobri que é melhor almoçar sozinho no Ru. Mesmo que você saia desesperadamente do seu ambiente de trabalho para que esteja perto dos seus amigos com a finalidade de conversar e dividir o mesmo espaço na hora do almoço.


Enfim, mas se acabam não te esperando, é sinal de que sua companhia talvez não seja tão importante para eles. E isso acaba gerando o aparecimento de novos amigos e pessoas que se afeiçoam a você e acabam se tornando seus cúmplices.


Marcelo, valeu a companhia na hora do almoço. Você desfez os preconceitos que haviam em mim e fez ue perceber que existem pessoas com assuntos realmente mais interessantes que garotas no cio.


Para aqueles que antes tinham a minha companhia, realmente não precisam mais se preocupar. Acabamos sempre melhor quando evoluímos.


Viva as novas amizades!!!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

"Onde você esconde o seu preconceito?"



O título acima relembra uma campanha publicitária, recentemente, divulgada na TV. É uma pergunta bem tosca (digo eu), visto que todos nós temos pré-conceitos! Mas as suas respostas são bem curiosas, uma vez que as pessoas inquiridas são pegas de surpresa e, na maioria, tentam negar que tenham pré-conceitos. Ainda assim, todos conhecem alguém que tenha pré-conceito!

Na verdade, na verdade, ter pré-conceitos não é crime nenhum, é algo subjetivo, mas agredir uma pessoa sim é crime! A agressão se configura como um ato irracional, covarde e mais ainda, DESUMANO, quando essa agressão tem por justificativa uma diferença sexual, étnica e de gênero.

Há pouco mais de um mês (se não me engano) um compositor, reconhecido e valorizado no campo cultural de São Luís, foi assassinado por SER NEGRO! Sim, sim...por SER NEGRO! Terem-no confundido com um meliante é secundário, pois ele só foi pré-conceituado por sua cor de pele. Isso causou polêmica, causou revolta e, ainda, causa discussões na sociedade ludovicense.

Outro caso semelhante polemizou a cidade, ontem. Um negro (meu colega de faculdade, inclusive) foi agredido, quando foi confundido (a mesma novela) com um assaltante. O porquê de tal confusão? Eu já disse! Ele era NEGRO, oras. Pode parecer sarcasmo o que estou falando aqui, mas esse post não é um repúdio à discriminação racial, simplesmente, porque o agredido foi meu colega de faculdade, colega de estágio e Jornalista. Mas sim, porque essas obviedades de pré-conceito estão (re) tornando um caos as relações humanas, em que o indíviduo é posto em xeque pelas suas diferenças. Esse tema é costumeiramente debatido, salutado, mas ninguém admite que vivemos em uma sociedade falsamente moralista, em que todos são racistas.

Que a maioria das pessoas que vivem à beira da sociedade seja composta por negros, isso não é nenhuma calúnia. Dizer que morremos de medo quando avistamos um negro mal-vestido se aproximando não é nenhuma inverdade. Mas não podemos negar também que a pigmentação da pele não define caráter, pois se definisse o branco por si só deveria ser extinto da face da terra. Ou vocês querem me dizer que grande parte (senão, total) das tragédias humanas e mundiais foram propostas e conduzidas por brancos? Ou o que é pior: que o estado em que se encontra o negro na sociedade hoje seja, exatamente, por causa do branco? Ainda assim, os negros não saem correndo amendrotados de uma nova subjugação à escravidão, quando vêem um branco!
Racismo é subjugar o outro! O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré-concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. Mas existe apenas uma raça: a HUMANA!
Por isso, não discutamos "onde escondemos nossos preconceitos". Aniquilemo-os!

Luana Diniz
(negra de pele, de sangue, de coração e, principalmente, HUMANA)

P.S.: Passem o cursor de seus mouses nos espaços que, aparentemente, estão BRANCOS!

Diga não a Pirataria!

Amigos, cá estou para fazer meu primeiro e tão esperado post. O assunto?Eu tinha um bando de assuntos pra falar aqui, mas escolhi esse sobre a pirataria porque eu quero que todos saibam que sou contra este tipo de comercio!
Explica-se euzinha mesmo fui vítimia da pirataria. Isso mesmo: vítima. Estava eu lanchando em um fast food no centro da cidade quando ao sair desse estabelecimento depareime com um aglomerado de pessoas "avançando" sobre uma banca de DVD'S. O motivo de tanta agitação: uma suposta "promoção" com DVD a 2 reais. Não resisti. Comprar um DVD, mesmo que pirata, a 2 reais é mais barato do que a entrada no cinema e também sai mais em conta do que alugar um na locadora, pensei. Então, analizados os riscos decidi adquirir 2 filmes que tava afinzona de assistir: o tão falado "300" e "Um amor para recordar". Fui para casa toda feliz, louca para assitir meus filmes, coloco o disco de "300" no DVD e pasmem(é assim que se escreve isso) o aparelho não reconhece o disco!O que tentei de novo. Nada de "300". Não acreditei. Pensei: não é possivel!Foi então que decidi testar o outro filme. Para minha alegria começo a passar uns trailers de uns filmes lá, me senti até aliviada pensando que o outro disco é que devia estar com defeito. Passados os trailes eu já mais que anciosa para assistir aquele filme que segundo a crítica era o "Romeu e Julieta da atualidade", passado os trailers surge a cena de um cara lutando com uns animais. O que é isso?
Vocês já deve imaginar o que aconteceu, né?Pois é, ao invés do "Um amor para recordar" eu acabara de adquirir "O protetor", um filme horrendo com um cara matando todo mundo só para defender os seus amiguinhos animais!.Vai para o greenpeace ou qualquer outra droga de ong que proteja os animais, pensei.Com todo respeito aos animais, mais eu estava morrendo de raiva e nessa hora a gente não pensa.
Eu odeio essas frases feitas, mas se essa história tem algo a se aprender é que : o barato pode sair caro!
Pois é meus caros amigos, DIGA NÃO A PIRATARIA!porque a próxima vítima pode ser você!


Lidi Lee

domingo, 27 de maio de 2007

O Lixeiro e a Porquinha


Numa vilazinha da cidade de São Luís, uma fato novo aconteceu. Na vila, também chamada de Cidade Operária, mora uma distinta senhora que cria e mima uma porquinha.


A porquinha se chama Luana e é uma graça. De tão bem cuidada, a porquinha vive exibindo seus dotes físico cheios de gordura e sua graciosidade ao arrotar em público. Desde cedo, aprendeu a conviver com sua realidade de porca e foi muito bem educada. Sua família queria mostrar a todos o quanto a porquinha Luana poderia chegar longe e vencer as barreiras dos preconceito.


Então, a porquinha foi a luta e decidiu que seria uma porquinha-jornalista! Ela sentiu a necessidade de falar em nome dos chiqueiros de todo o mundo. Porém, precisaria se adequar em determinados ambientes se disfarçando de mulher peituda para que não fosse discriminada por ser porquinha.


Prestou vestibular, conseguiu ser aprovada no curso de Jornalismo da Ufma e já está quase se formando. A porquinha logo fez boas amizades. No início, estranhavam alguns comportamentos que ela tinha: ruídos, grunhidos, gritinhos... e estranhavam também a sua forma de andar meio "lusco-fusco". Seus amigos ainda tentaram lhe chamar a atenção: "Luana, não arrasta o pé, não ria alto desse jeito, não dê esses grunhidos na frente das pessoas!".


E Luana teve que se controlar. Mas a sua essência porquinha não conseguia ficar reprimida. Bastava o consumo exagerado de alguma droga que ela se libertava. Vomitava logo nos colegas, falava em grunhidos, gritava eufórica, se jogava no próprio vômito com saudade da lama que lhe é tão necessária...


Seus amores nunca a entendiam por completo. No começo, se encantavam pelo seu jeitinho excêntrico, mas acabavam percebendo um algo mais que sempre se remetia ao chiqueiro, sua essência.


A porquinha Luana então passou a concentrar melhor suas investidas amorosas, até que um dia, o mundo se tornou perfeito. Seu par existia e ela não estava mais sozinha.


Num belo dia, avistou em meio aos arbustos do prédio de sua faculdade, um ser que tinhas seus mesmos gostos e comportamentos. E o que é melhor: reunia tudo num só espaço: o lixo.


Seu amor se chama lixeiro e vive passeando pelos corredores da Ufma com um cordãozinho de R$1,99 como forma de diferenciação em meio ao seus companheiros de lixão.


Ao vê-lo, a porquinha não se conteve e passou a seguí-lo por onde quer que ele fosse. Se jogava na frente da vassoura dele para chamar a atenção. Andava quilômetros de corredores entre prédios da Ufma só para ver se tinha a chance de encontrá-lo frente a frente. Sentiu grande emoção ao perceber que ele era vaidoso e tinha pintado seus cabelos de ruivo-cor-de-rabo-de-arara! ai, ai...


Mas como a porquinha é danada, não esperou o grande dia. Fez acontecer!


Ao sair do refeitório, onde ela reúne todos os restos de alimentos que ficam grudados nas bandejas dos alunos que já comeram, pra ela poder fazer sua refeição completa, passou pelo corredor em frente à reitoria. Seu lixeiro estava lá e se aproximou. Os amigos da porquinha logo se calaram para perceber melhor que atitude sua amiga teria. Ao passar pelos três, o lixeiro-amante virou-se para porquinha e acenou com a cabeça. Ela, de tanta paixão, logo retribuiu com um estrondoso arroto após uma coca-cola super gelada: "Arrrrrrrrr...".


Seus amigos vibraram por saber que agora a porquinha era feliz por ser porquinha e por saber que tinha a quem dedicar seu amor sujo: o lixeiro-amante.


A moral da história é que não adianta escondermos dos outros nossa verdadeira identidade e o amor que sentimos por alguém. É melhor ser feliz no lixo, do que ser infeliz na capoeira e na virtualidade.


Entenderam?!! haãnnnnnnnnn.........

Este texto fará parte do livro As Fábulas mais fabulosas do fabuloso Alberto Júnior que estará à venda em breve.

sábado, 26 de maio de 2007

Princípio musico-moral X Massa

“Tu gostas desse tipo de música?” “Você lê esse tipo de livro?” “Você assiste a programas como esses?” “Dança comigo? Não, eu ainda tenho princípios!” “Eu não vou virar puto e ir para esse lugar, para queimar a minha imagem”.

Essas são frases típicas de pessoas que defendem com vigor seus estilos, gostos e preferências “artísticas”. Nas rodas de conversas sempre surgem tais dilemas, onde uns saem tão sacrificados quantos os outros, quando os estilos, gostos e preferências são divergentes. Imaginem só uma mesa, em que uma pessoa curte ‘Música Popular Brasileira’, outra curte Rock, outra curte Forró e Pagode e uma quarta que ainda está em processo de influência musical e tem seus gostos sempre repensados ou sempre disputados! Agora, imaginem que tais pessoas são amigas, companheiras de grandes aventuras e que, ao partilharem de um mesmo ambiente musical, os atritos permanecem até o álcool não ter possuídos suas mentes!

Certamente, você pode imaginar que as críticas sejam as mais variadas, que as retorções de boca, as viradas de olho também sejam executadas com bastante esnobismo e você não estará errado. Até porque qualquer ambiente social é caracterizado pelas divergências em diferentes níveis.

O cara que gosta de Forró e Pagode pode muito bem entrar em atrito conceitual com aquele que gosta de ‘Música Popular Brasileira’, porque desde que o termo popular entrou em questão, as músicas preferenciadas pela MASSA, obviamente, são consideradas POPULARES em detrimento às músicas eruditas ou arcaicas ou, ainda, mumificadas por uma elite intelectual e retrógrada em voga adepta de movimentos musicais revolucionários que vieram instaurando novos tipos de arte musical a cada época. Em outras palavras, apenas o que é considerado antigo possui uma áurea esteticamente (e estaticamente) bela e o que foi criado ou REinventado recentemente é lixo, nada descartável.

Mas o que é o belo? O que é a arte? O que é música boa ou música ruim? Eita discussão sempre boa de ser aferida, afinal, nunca se chega a uma conclusão, já que as correntes partidárias, claramente, vão defender suas posições, cujas mudanças não são comandas pelo aceitar e nem são realizadas pelo orgulho diáfano dos conceitos já impreg(n)ados pelas Instituições maiores.

Não podemos esquecer também do exemplo das pessoas que gostam de Rock e daquelas que ainda não têm um gosto musical definido, respectivamente, já que ambas também sofrem uma discriminação prévia, uma vez que a primeira defende, na maioria das vezes, um produto que geograficamente não é da sua cultura e a segunda tenta filtrar aquilo que melhor lhe apraz, mesmo que acabe se tornando uma disputa as influências pelas quais ela pode passar. Cada um dos tipos citados acima tem história-empírica em suas influências, daí elas terem uma resistência acerca de outros produtos musicais, embora a última ainda não tenha algo tão solidificado (quanto parece).

De qualquer forma, todos os conceitos, as referências e as apreciações musicais foram SACRALIZADAS por Instituições, em sua maioria midiáticas, assim, como em outros espaços artísticos, a modelo da literatura, da pintura e etc. Por exemplo, por que eu leio Gabriel García Márquez, escritor colombiano, e não leio Nauro Machado, poeta maranhense? Terá sido porque os estilos (narrativo e líricical definido, respectivamente, jo) são diferentes? Por que alguns ouvem Chico Buarque e não ouvem Silvano Sales – tese semelhante foi defendida por um estudante, na semana passada em um dos Centros da UFMA – se ambos falam do amor e da dor de amar?

Na mesa, em que os quatro tipos de pessoas desmantelam suas cabeças por divergências culturais, devidamente curtidas e obcecadamente defendidas, num ambiente de Massa, vivenciado por pessoas da elite intelectual, a resistência à cultura de Massa é quebrada por um grande vilão: o ÁLCOOL.

Onde fica o princípio artístico-moral, nesse momento? O álcool contagia e faz manifestar, primeiro, no bater das mãos nas pernas a quebra de tais princípios. Quando se convida para uma dança, os pés e a mente, ainda, não contaminados resistem (tem gente me olhando)...Uns curtem o reggae! “Pô! Bob Marley tá entrando...” Mas quem foi esse tal de Bob mesmo? Ah, o ‘poeta’ do reggae! Mas quem foi mesmo que disse que ele foi grande? Uhm... Sim, e o Sacode, Sacode? Não é grande? Não? Ah, já sei! Por que nenhuma Academia, nenhum movimento artístico-revolucionário-musical, nenhum renomado músico, nenhum Grammy o premiou com a áurea artística, não é? Então, por que será que, ao beber vodka descontroladamente, não se sabe mais diferenciar a tão afamada ‘Música Popular Brasileira’ e nem mesmo quem um dia foi Elis Regina? Uhm... a questão é deveras problemática!

Finalmente, confessemos que nossos gostos são padronizados por um querer ser aceito diante de um grupo (gueto) específico e não porque, simplesmente, eu tenho base, mais que empírica, para considerar que um é melhor que o outro, afinal de contas, você aí que está lendo tal corpúsculo sabe conceituar o que é feio, o que é o belo, o que é ARTE, enfim? É, então, podes se considerar alguém acima de qualquer outro e receitar o que deve ser ouvido e/ou curtido, ok?!

Não estou defendendo nenhum partido político-musical neste textículo, só estou refletindo, como algumas coisas, pessoas, ambientes, momentos e Instituições podem (re)definir preferências.

P.S.: Por que será que estou lendo Saramago, logo depois que o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura deste ano? Ê, pow! Qual é?!? Eu me defendo! Eu não sou advinha enem sabia que o cara iria ganhar tal prêmio quando o solicitei como presente de aniversário e já venho há tempos dizendo que quero conhecê-lo! Contudo, por que eu não pedi um autor maranhense para conhecer, já que, realmente, desconheço a literatura local? Tá bom, tá bom! Confesso! Simplesmente, as Instituições pelas quais eu passei me exigiram até hoje que eu lesse apenas um autor maranhense, mas sempre me exigiram ter conhecimento literário de vários ‘grandes’ escritores nacionais e internacionais. Viu como funcionar a dinâmica? Comecei a ter certeza que Matrix é real...ops! Que a realidade é uma Matrix! Ela existe!!!






Luana Diniz






"A vida esguicha como uma fonte para aqueles que perfuram a rocha da inércia." [Alexis Carrel]

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Memória do meu desaparecimento FELIZ (Aniversário)!




Aniversários são datas de celebração de um tempo de vida, se pensarmos sob um ponto de vista mais humano e subjetivo. Mas se tentarmos ser práticos, podemos considerar tais datas como meros produtos comerciais, em que o clímax são os presentes. No entanto, não podemos ser tão frios e apenas requerer tal perspectiva, já que nessas festividades o maior desejo é estar ao lado de pessoas especiais, que valham à pena ser cúmplices da comemoração conjunta.

Eu não sou diferente, óbvio. Apesar de o momento requerer sempre algo inovador, as outras pessoas não podem ser meros figurantes. Tanto que nesta data, em que celebrei meus 22 anos, resolvi “inovar”... Em outras palavras, resolvi desaparecer da vida de algumas dessas pessoas, muito especiais por sinal, para dar lugar à mim mesma, à uma curtição diferente. Meu desejo não era, essencialmente, excluir meus adorados amigos do “meu dia especial”, nem dispensar aqueeeeela bagaça (Cadê o chopp? Quem vai botar mais? hehe) sempre boa para ser repetida.

"Aí estão chegando os meus noventa anos. Jamais saberei por quê, nem pretendo, mas foi ao conjuro daquela evocação arrasadora que decidi ligar para Rosa Cabarcas pedindo ajuda para honrar meu aniversário com uma noite libertina. (...) o desejo daquele dia foi tão urgente que me pareceu um recado de Deus." (trecho do livro Memória de Minhas Putas Tristes, de Gabriel García Márquez). Neste 23 de maio de 2007, em que chegaram meus vinte e dois anos, parece que também recebi um recado de Deus. Aliás, tal recado já teria chegado há algum tempo quando evoquei um cardápio adverso dos de anos anteriores. Não imaginem os doentes libertinos do meu coração que passei meu dia usurfruindo dos prazeres carnais, nem imaginem meus amigos sem-noção que eu tenha infundado um desaparecimento para chamar uma atenção desnecessária e nem imaginem meus amigos insensíveis que eles não tenham passado todo o dia comigo, pois não foram só as milhares de mensagens e telefonemas que me fizeram lembrar de vocês não! Foi, simplesmente, uma vibração intensa que me contagiou e me fez sentir uma saudade imensa de estar juntinhos de vocês...vocês estiveram nos meus pensamentos durante todo o dia!!!

Mas tantos são os dias felizes que compartilhamos juntos, mesmo em rotinas bocejantes, que decidi priorizar apenas uma pessoa especial, cuja companhia tem sido escassa pelo tempo, pelas oportunidades e pelos conflitos de pensamentos. Ao desejar que meu esse 23 de maio fosse diferente, sem dar satisfações a ninguém, a priori, o desejei egoistamente só pra mim. Mas cheguei à conclusão que tal pessoa merecia sim dividir este dia comigo mais que qualquer outra, pois, segundo ela mesma, o meu nascimento é até hoje seu motivo de orgulho, pois a falta de planejamento me fez sair melhor do que encomenda. Essa declaração, por mais simplória que possa parecer aos ouvidos de outras pessoas, nada mais é que o reflexo do companheirismo que conseguimos estabelecer desde quando, ainda criança, minha mãe (separada do meu pai) escolheu me amadurecer e me mimar a apenas me mimar, enquanto única filha (mulher) dentro de casa, crescendo num meio "comandado" por três homens.

Idealizei que o melhor lugar para ambientar tal re-encontro fosse a imensidão do mar, com sua brisa, sua majestade, sua divindade. Eu queria, na verdade, mostrar à minha matriarca o que os 22 anos de olho no olho resultaram, para que seu orgulho não findasse com a certeza do crescimento do seu bebê. Queria mostrar a ela o fruto que ela gerou fora do seu ventre, através de um papo solto e ambientado pela magnitude da obra de Deus. Confesso que a espontaneidade da anciã de 65 anos em curtir a minha data me fez admirá-la mais, ainda, até porque esses momentos de celebração se tornam mágicos e as pessoas se desarmam e deixam as almas abertas às redescobertas. E assim foi o restante do meu dia: uma redescoberta de mãezona-filha, filhona-mãe.

As ondas do mar foram testemunhas de um retrocesso natural, em que a mãe tentou ajudar a filha a vencer um simples medo, assim como em criança, nos mergulhos no meio do mar.

Avistando as embarcações ao longe esperando a hora de atracar no porto da capital, olhamos para o céu, olhamos para a areia, olhamos para os nossos corações. Ressuscitamos situações, rimos de algumas loucuras por mim vivenciadas com meus amigos, discutimos nossos "não-entendimentos", refletimos sobre os conflitos familiares e jogamos meus vinte e um anos para o mar renovar em suas águas os outros tantos anos que ainda viverei. Fui abençoada pela natureza divina e pela natureza materna.

Vivemos um dia de amigas, companheiras, que pagam mico, que ensinam umas às outras, que gargalham, que vão ao cinema e que ficam abraçadinhas assistindo a um filme qualquer.

Acho que, apesar de ter conseguido, enfim, Memória de Minhas Putas Tristes, de Gabriel García Márquez, ao final do dia, o presente maior foi ter visto o sorriso menino daquela anciã, meio carrancuda, às vezes, mas espontaneamente aberta à VIDA!

Tenho certeza que as vibrações sinceras de Feliz Aniversário, enviadas à distância por meus amigos 'escanteados', fizeram do meu Aniversário uma Feliz Memória.


Luana Diniz


"A vida esguicha como uma fonte para aqueles que perfuram a rocha da inércia." [Alexis Carrel]

Vinte e poucos anos...


Vinte e poucos anos...

Um caro colega de nigrinhagem, às vésperas dos seus 22 anos, celebrados há apenas alguns dias, colocou como subnick do MSN (mais ou menos) a seguinte frase: “terá chegado a hora de fazer uma reflexão sobre a vida, aos 22 anos?” Na hora em que li aquilo, zoei com a cara dele dizendo CLARO QUE SIM!!


Mas agora completando, também, os meus 22 anos percebo que qualquer hora é hora de se refletir sobre os sucessos e insucessos vividos em tantos anos...

Claro que um ancião tem muito mais a relembrar, a medir, a refletir, a comemorar. Eu, no máximo, tenho muito a planejar, a sonhar, a experimentar. No entanto, isso não significa que nada eu tenha vivido em Vinte e tantos anos...

A minha vida pessoal parece ser um livro aberto e, por isso, muitas pessoas acabam confundindo o que seja real em mim com o que há de fantasioso. Elas imaginam que me conhecem como suas próprias palmas, o que acaba me reduzindo à previsibilidade constante.

Costumo me arriscar em situações perigosas para o meu bem-estar, mas percebo que a minha vida é alicerçada nisso: em experiências vibrantes, inquietantes e passíveis de não-recomendação. Apesar de ser ciente disso, tenho orgulho de mim mesma, pois concluo que VIVO sem medo de ser feliz, embora sofra! Tenho grandes pretensões pessoais e egoístas. Quero o mundo para mim e não definho meus esforços para conquistá-lo.

Sou ousada em algumas situações e em outras prefiro nem ser reconhecida. Descobri que, enquanto profissional, sou uma grande MULHER, logo depois que ouvi da boca do meu ex (e eterno) líder que eu ter sido SALIENTE o fez me admirar! Essa “saliência” é uma característica apreendida no convívio familiar, em que dignamente me transformei em EXEMPLO.

Mas não só de laços sanguíneos sou feita, eu sou o resultado de mim mesma com um montão de gente, de coisas e de situações misturadas. Esse montão de gente pode ser qualquer pessoa que tenha fraseado, agido, pensado, refletido ou convivido algo que me fez CRESCER. Não nego, no entanto, que a maioria desse montão de gente seja pessoas tão adversas uma das outras que me completam e, simultaneamente, degeneram meu ser, pela incompreensão do meu jeito exageradamente espontâneo e histérico de ser. Choco algumas delas pelas minhas rápidas mudanças de estado e pela inquietude de viver o novo constantemente, sem parar, como se estivesse num furacão.

Eu juro que, às vezes, tento parar de ser quem eu sou, pois, apesar de eu ser a minha fã número UM, eu tenho receio de machucar as pessoas que me rodeiam pelas imposições de razão, de amor, de alegria e, por que não dizer, de drama (rs). Mas sempre que tento frear é porque algo muito forte me alertou para um possível perigo, aí eu reflito, acho soluções coerentes com a minha MATURIDADE e, quando vou agir, eu ajo da mesma maneira de antes. É! Acho que as minhas reflexões são constantes, os aprendizados, infelizmente, é que nem sempre são colocados em prática. Por que, hein? Será porque eu ainda não cresci, conforme afirma Alberto? Será porque eu sofri um processo inverso de crescimento (reflexo dos conflitos familiares) e, agora, decidi VIVER, independentemente do que A, B, C ou D desejam?

Não! Acho que não é por nada disso não. Talvez, seja porque nem tudo que DESEJAMOS seja exatamente aquilo que Deus QUER para nós.

Sou uma mulher que adiou o sonho de ir para a Austrália, em função do sucesso profissional, mas que pôs a cara pra bater ao abandonar aquilo que era garantia por competência e que sonha em ter sucesso no Jornalismo e não deseja ser professora. Sou uma garota que ama estar rodeada por amigos, divagando sobre o nada, descobrindo lugares, bebidas, filmes, coisas, lendo, se apaixonando, gritando, gargalhando, pagando mico, comprando coisas laranjas, pulando ondas no mar, arrumando festinhas para amigos e etc. Sou uma pessoa, cuja família é problemática, mas que “adotou” seu próprio sobrinho para cuidar enquanto for necessário e também que ama a sua mãe acima de qualquer coisa, mesmo que os conflitos tenham culminado em uma interdependência inversa.
Sou uma humana, que adoooooooooooooooooora VIVER e EXISTE para isso.
E sou mais ainda um ser que ama descobrir a cada dia que a felicidade só pode ser completa ao lado de amigos verdadeiros, que fazem dos seus Vinte e tantos anos um vendaval de emoções brandas, quentes e inebriantes. Todos vêm sendo especiais, mesmo com brigas, discordâncias, desentendimentos, falta de compreensão, frustrações e TELEPATIA. Amo muito todos eles, porém a importância de alguns desses tesouros descobertos prefiro “reticenciar”, pois NEQEAV’s, _TAPCP_’s e TIDOLU's da vida falam mais alto por si só e ao “reticenciar” deixo espaços e mais espaços para serem ocupados, escritos, vividos. Em outras palavras, são AMIGOS que perdurarão enquanto Deus quiser; eles são poucos, porém são suficientemente importantes na construção da minha Stória.

Vinte e poucos anos... Bem vividos? Ué?! O que é “bem viver”? EU VIVI e pronto! Isso basta... Ôpa! Basta não! Ainda QUERO VIVER MUUUUUUUUUITO! Quem quiser VIVER, me acompanhe, mas deixa, por favor, eu ser protagonista da minha própria história! EU AMO MUITO TUDO ISSO!!!

;)

“Aos 22 ANOS, uma concepcionista, um enigma, que jamais quero descobrir ou fazer ser descoberto, pois para mim nada é determinante demais que não possa ser modificado.”

Luluzinha e Lunática, com muito orgulho!!!

Mas que diabos são esses sentimentos?




Amor, paixão...Paixão, amor... Nem os maiores pensadores do mundo conseguiram conceituá-los, nem os maiores compositores, poetas, experientes ou não nesses sentimentos sabem conceituá-los, nem mesmo os amantes e apaixonados o sabem.

O problema conceitual é tão extraordinário que os dois sentimentos chegam a se confundir e se tropeçarem em uma linha tênue, muito imperceptível e daí a origem das tragédias humanas: a falta de amor-próprio, jogado no outro; os crimes com desculpas passionais e assim por diante. Há exemplos bíblicos, literários, reais e surreais que corroboram isso ao culminarem com a fatalidade: Jesus Cristo morreu por amor aos seus irmãos; Romeu e Julieta suicidaram para não serem separados em vida; Adão comeu a maçã por amor a Eva; Narciso morreu por amor a si mesmo, à sua própria imagem; Adolf Hitler matou gerações por amor a uma ideologia racial; a Thaís vai tentar destruir a vida da irmã-gêmea, Paula, por amor a si mesma e etc. Enfim, sabemos sentir o coração pulsar pelo outro, a respiração faltar, as pernas cambalearem, sabemos ser desengonçados ao lado do outro, mas será que tudo isso simboliza o AMOR, a PAIXÃO?

O meu querido amigo e autor do post abaixo fez tal texto, após uma discussão nossa por MSN, em que eu o inquiri acerca do subnick "Quem é apaixonado por si mesmo, não tem rivais" . Eu defendi que, a partir do momento que você se apaixona por si mesmo, você acaba sendo seu "escravo", assim, como o lendário Narciso. E ele retrucou dizendo que ao apaixonar-se por si mesmo, ele poderia se apaixonar pelos demais, o que subentende uma compreensão mútua. Legal isso, né?!

Não! Eu não achei legal! Talvez, ele não tenha me entendido, mas a minha posição era que o Ooooooorkut, sem uma filosofia real e até banal, punha aquelas tais "sortes do dia" sem coerência, um exemplo é o citado acima, em que AMOR por AMOR dá sim o direito de um amar ao outro, sem cobranças, sem devaneios, sem imposições e com compreensão e aceitação de qualidades, de defeitos, de diferenças, enfim.

Para mim, a frase seria bem mais sábia se fosse trocado o termo PAIXÃO por AMOR. Pois, como eu já disse, apesar de ninguém neste mundo divino saber conceituar um ou outro, todos sabem sentir as suas diferenças. Então, se Alberto se descobriu apaixonado por si mesmo, mais do que nunca, ele se tornou um ser egoísta, onde a falta de auto-controle e os devaneios são inerentes (eita, porra!). No texto O apaixonar-se por si mesmo, ele se utilizou por várias vezes do termo 'paixão' e foi coerente, conforme a descrição do mesmo, até por experiência "convivida" com outrens. Mas, considero, que ele tenha errado ao dispor a seguinte expressão: o objeto do meu amor; desconsiderando todas as vezes que ele utilizou a palavra 'paixão'. O amor não tem objetos, ele tem objetivos. Objeto é algo que se usa com um fim, não necessariamente bom, nem necessariamente a longo prazo. Os objetivos do amor não é consumir ninguém, é construir uma relação de cumplicidade e felicidade, é uma AMIZADE, acima de tudo!!!

A minha vasta (cof, cof, cof) experiência no assunto me faz tratar o assunto sob tais perspectivas, mas considero que a conclusão, o ENFIM, só vou obter ao fim da vida, quando recalcularei e refletirei acerca da importância das várias paixões que passaram em minha vida. Sim, sim...várias paixões, pois os relacionamentos 'amorosos' são feitos, em sua maioria, de paixões, mas a caliência, a pulsação, a vibração, o frenesi são os vilões da deturbação e futilização do EU AMO VOCÊ!

Não estou condenando meu caro amigo bloqueiro pelo "Alberto Júnior, eu te amo!!!". Só estou defendendo o meu posicionamento nada retrógrado e nada preconceituoso, mas sim empírico. ;)

Por tudo isso, discordo do escritor francês Chamfort ao dizer que o amor, tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contacto de duas epidermes. Isso não é amor, é paixão. Eu sugiro ao orkut a seguinte frase de Oscar Wilde: Amar é ultrapassarmo-nos!

AME, Alberto! Se apaixone, se masturbe, mas AME!!!!! Não se frustre por eu não te amar!




Luana Diniz


terça-feira, 22 de maio de 2007

O apaixonar-se por si mesmo


Ao ler uma mensagem na sorte do orkut que dizia: "Quem é apaixonado por si mesmo, não tem rivais.", redescobri em mim a paixão que sempre existiu, mas que agora voltou a se manifestar de forma absurda.

Tal paixão sempre causou desconfiança em mim porque eu sou contra sentimentos que não se fundamentem na razão. A paixão é maluca, apavora, desconcerta o coração do apaixonado.

E, acompanhar de perto pessoas com suas paixões desvairadas e inconseqüentes é que sempre procurei medir muito bem meus sentimentos e não sofrer.

Contudo, venho tentando esconder os detalhes que a paixão revela de forma ridícula, na minha opinião: a busca com o olhar de alguém que ainda não está presente, o descontrole das batidas do coração e da respiração só em estar perto do(a) amante, a falta de assunto perto dele(a) só em pensar que já se está falando besteiras, a observação minuciosa de detalhes do comportamento da pessoa amada como fatos inéditos e extraordinários, a supervalorização do ser amado mesmo que ele(a) não esteja assim... tão em alta!!

Enfim...

Descobri-me com estes sintomas! O sintoma da paixão desmedida. E como fica a minha racionalidade e o auto-controle sobre so devaneios e a vontade intrínseca de fazer uma cena de cinema?!

O problema se agrava quando se percebe que o objeto de sua atenção e da sua paixão tem o mesmo sangue que você, é da sua mesma famílias, é filho dos seus pais e está sempre contigo!

Mas a paixão é assim mesmo, não diminui com a moral e as regras socias, só aumenta por ser considerada "proibida"!!

Agora, já não tenho mais pudor e me entrego totalmente a esta paixão que me consome e que não há cobrança, porque o objeto do meu amor, conhece muito de mim mesmo e nós nos completamos!!

A sociedade ainda teima em ir contra a esta forma de paixão pela culpa que o pecado ainda condena! Se alguém interpretar de outra maneira e teimar em chamar tal paixão de MASTURBAÇÃO que fique com seus preconceitos e cabeças retrógradas!!

Eu estou amando e quero divulgar isso a todos e todas que lêem este blog!!!

Alberto Júnior, eu te amo!!!



Artigo postado pelo fabuloso Alberto Júnior DR0506meiamolemeiadura

domingo, 20 de maio de 2007

Vamos ao Hotel California



Numa estrada escura e abandonada, vento fresco em meus cabelos, cheiro ardente de baseado, se erguendo pelo ar. Mais a frente na distância, eu vi uma luz cintilante. Minha cabeça ficou pesada e minha visão escureceu, eu tive de parar para dormir.


Lá estava ela na entrada da porta; eu ouvi o sino da recepção e estava pensando comigo mesmo:"Isso pode ser o Paraíso ou o Inferno". Então ela acendeu uma vela e me mostrou o caminho. Havia vozes pelo corredor, eu acho que ouvi elas dizerem...Bem-vindo ao Hotel Califórnia. Então eu chamei o Capitão,"Por favor, traga-me meu vinho".


Ele disse:"Nós não temos esse espírito aqui desde 1969.E aquelas vozes ainda me chamam do além, te acordam no meio da noite apenas para ouví-las dizerem...


Eles estão desfrutando a vida no Hotel Califórnia, que surpresa agradável, tragam seus pretextos. Espelhos no teto, o champagne rosa no gelo, e ela disse: "Nós todos somos apenas prisioneiros aqui de nossa própria artimanha".


E nas salas dos chefes, eles se reunem para o banquete. Eles apunhalam com suas facas de aço, mas simplesmente não conseguem matar a besta. A última coisa que me lembro, eu estava fugindo para a porta.


Eu tinha de encontrar a passagem de volta ao lugar onde estava antes."Relaxe", disse o mordomo,"Nós estamos programados para hospedar:Você pode fechar a conta a hora que desejar, mas você nunca pode sair!"
Polyana Amorim

Cagando e pensando...





Quem assistiu ao filme "Efeito Borboleta", lembra da frase inicial que diz: "uma borboleta que bate asas na China, causa um furacão na América". Ou seja, todas as nossas ações e pensamentos estão interligados, interdependentes. A alteração e estímulo de alterações climáticas e naturais podem ser comandadas por nós, como num estalar de dedos: "toc!".

Milena Reis, mística por natureza, costuma nos alertar sobre a força e o mau uso da palavra. "Gente, não falei essas palavras, como ODEIO, DETESTO, NUNCA, AZAR, porque elas têm poder...". Na última sexta (18), andei refletindo sobre esse "poder" de todos nós.

Ao afirmar e bater o pé contra a minha ida a um certo local chamado de "Batuque Brasil", algo estranho aconteceu... Não que eu tivesse desejado muito que outros não fossem para lá, não me interpretem assim, somente EU não queria ir e pronto! Quem fosse para lá, com seus objetivos pessoais, que fossem, ora brócolis... eu não queria ir e pronto!

O problema é que, POR ACASO, caiu um tremendo temporal que fez com que tal "estabelecimento para diversão popular" não abrisse suas portas e não oferecesse seus serviços de estímulo lícito às liberações frenéticas e sensuais para encontros amorosos entre jovens-sem-ter-mais-o-que-fazer.


Bom, não posso negar que fiquei surpreso e até sorri:"quá-qua-rá-quá-quá!". Mas tal acontecimento me fez refletir sobre este tal "poder"....


Será mesmo que posso mudar o mundo? Será que os fatores naturais são sensíveis a um simples pensamento? Então, por que alguns professores que eu tive ainda não adoeceram? Por que Luana ainda não cresceu? Por que Polyana ainda não foi logo pra Mtv? Por que Lidiane ainda não apareceu na porta da minha casa com o carro dela para me levar para Barreirinhas ? Por que a Tve ainda não respondeu aos meus trilhões de e-mail's atrás de estágio? Por que Mila ainda não engravidou? Por que ainda estou em São Luís? Por que J..... ainda não se fudeu? Por que ainda não tenho minha casa no campo e continuo sem dinheiro? Por que ainda não aprendi a falar inglês?


Será que quando se tem pensamentos que coincidem com o de outros o desejo não se realiza? Desde a lâmpada do Aladim, não ouvi mais falar sobre estas forças e personagens místicos. Desta vez, fica aqui tal exemplo para que meus amigos dêem mais ouvido às profecias por mim proferidas! Sigam minhas sugestões de filmes, de locais de diversão, de investidas amorosas e daquilo que posso aconselhar! Agora, como alguns realmente preferem se arriscar e ver se a profecia se realiza, deixo minhas considerações. Ao errar, estamos sempre aprendendo!!!

Visitem minha casa de culto quando eu resolver oficializá-la!







Alberto Júnior, pai de santo.










sábado, 19 de maio de 2007

Há uma nova forma de canibalismo humano!


Desde terça-feira, dia 15, dois centros culturais localizados no Centro Histórico da nossa capital se uniram em uma Mostra de Cinema, chamada Globalização, Globalizações. Sem uma divulgação respeitosa aos amantes da sétima arte e à própria arte, foram exibidos quatro documentários alternadamente nas casas França Maranhão e Odylo Costa Filho.

Saber que há um descaso com a exibição fílmica que gere criticidade nos telespectadores ou, ainda, saber que há um descaso monstruoso com as casas que se dispõem a exibir o diferente, sem os habituais enlatados nosso de cada dia e não se indignar com tais situações é, no mínimo, ser complascente com a falta de política pública coerente com a proposta anímica do Centro Histórico de São Luís: ser espaço cultural, onde várias 'tribos' possam se topar e se separarem por uma linha tênue e invisível de ideologias, pensamentos, gostos, opções etc.

A divulgação da Mostra, até onde eu saiba foi feita por pequenos folhetos, que dispunham os horários das sessões, onde os documentários seriam exibidos e também suas respectivas sinopses. No mais, em lugar algum se deu trela para o evento, que poderia ter absorvido vários cinéfilos loucos por discussões diferentes, no entanto, atuais e críticas. O interesse de ainda deixar esses tipos de eventos refrescarem as mentes dos poucos amantes da arte cinematográfica crítica vem, certamente, de algum grupo sensato e temeroso em deixar morrer a busca pelos centros culturais localizados no Reviver, mesmo com divulgação precária. Um evento semelhante foi a Mostra Humor à Francesa, realizada no mês de março. Este, no entanto, conseguiu lotar suas sessões admiravelmente. Um amigo até chegou a dizer que a salvação do Cine Praia Grande seria exatamente a continuidade de Mostras, como essa, onde falta de poltronas foi problema para o número de ansiosos. Mas aí é que está o X da questão! O problema é somente falta de divulgação mesmo? E a estrutura? Ai, meu Deus! Para os (ir)responsáveis em resolver tais problemáticas, tudo isso é mero drama, afinal de contas, São Luís tem um "mega" cine no Shopping São Luís, onde o conforto não é problema.
Mas sim, cinema não é apenas um lugar onde se tem um telão, que projeta imagens em movimento, com uma gama de efeitos visuais, sonoros, 3D, isso e aquilo... Cinema não é apenas o locus, cinema não é um objeto, uma película, um DVD....é sim produção (da indústria cultural) social de criticidade da realidade, portanto, ela pode e deve ser adaptada para todos os gostos. Se uma pessoa prefere ir ao Cine Box Cinemas, apenas para ver os super-efeitos visuais do SPIDER MAN e dispensar refletir sobre os conflitos humanos, indo assistir a documentários no Cine Praia Grande ou na Casa França Maranhão, parabéns. Nem um, nem outro é pior, mas diferentes, adaptáveis. E é assim que os (ir)responsáveis pelo impulsionamento à sétima arte, na ilha, deveriam pensar. Nada de descartar opções, nada de acomodações. Eu vou sim ao BOX, mas também gosto de ir aos outros dois lugares citados acima. E aí? Aff!!!

No dia em que eu fui assistir à Mostra, o filme que estava em cartaz, na França Maranhão, era O Pesadelo de Darwin. O documentário me surpreendeu. Assisti com apenas mais dois companheiros na sala (certamente, improvisada, né?!?) e, de repente, veio à minha mente várias interligações com a discussão que a produção propunha. Desde o filme Hannibal, que eu, inclusive, assisti no Box Cinemas, até a um nick que um amigo revoltado com o descaso midiático diante da arbitrariedade parlamentar em aumentar salários de políticos desproporcionalmente ao exercício e resultados obtidos pelos mesmos em prol da população brasileira tinha colocado no MSN. O filme, como diria Junerley, é um soco no estômago. Não que ele tenha contado algo inusitado, extraordinariamente jamais visto ou pensado, mas, exatamente, a perspectiva, o cenário, os 'personagens' e o fundo eram assustadores sim.

Antes de eu TENTAR fazer uma análise acerca do documentário, vou explicar, primeiro a sinopse, pelo menos, a que estava no folheto de divulgação (rs):

Darwin's Nightmare, de Hubert Sauper (2004)
Poderia começar como uma lenda oriunda da África. Nos anos 60, na Tanzânia, um peixe chamado perca do Nilo, um predador voraz que dizima todas as outras espécies, foi introduzido no Lago Victoria. Desta catástrofe ecológica nasceu uma indústria frutuosa, pois a carne branca do enorme peixe é exportada com sucesso para todo o hemisfério norte. Mas, acima do lago, imensos aviões cargueiros da ex-URSS compõem um balé constante, abrindo caminho para um outro comércio, ao que parece, o das armas.

Bem, nas entrelinhas, o documentário fazia uma crítica social à oposição de interesses no meio empresarial, onde os gestores veêm garantidos seus 'direitos' de comercialização, de ganho de dinheiro e de sucesso, em detrimento ao péssimo modo de sobrevivência de seus empregados, em detrimento à degradação ambiental e em detrimento às condições de vida da população local.

Nas imagens, as entrevistas com os diretores, empresários ou gestores são gravadas em grandes salas, com mobílias relativamente pomposas e até mesmo com uma "sacralização" daquele que lhes proporciona tal sucesso: o perca! A estrutura das fábricas e dos outros setores também são demonstradas de forma honrosa, como se essa estrutura fosse o único benefício merecido por seus empregados, que exportam cerca de 500 toneladas diariamente para a União Européia.

Já, do outro lado, nas imagens feitas com os pescadores, com suas famílias e com a população local, podem ser vistas cenas, que, se quisermos nos enganar, podemos considerar produção Spielberg, de tão arrebatadoras que elas são. No entanto, não há efeitos visuais, mas sim, um recorte da realidade miserável que eles vivem. São pescadores que se arriscam no lago; filhos que não querem seguir os mesmos caminhos que seus pais, mas, que sem condições educacionais, acabam se jogando na marginalidade, brigando por comida com outras crianças; mulheres que saem de suas cidades para se prostituirem na capital, onde cargueiros, pilotos e navegadores são seus clientes frequentes, ao transportar peixes e armas; e mães, que pegam os restos dos peixes das fábricas para tentarem alimentar seus filhos, sendo que esses restos já estão sendo divididos com vermes.

Esta é uma realidade que qualquer leitor deste post poderia dizer: "Luana, realidades de "soco no estômago também acontecem aqui, no Brasil, bem mais perto de você!" Aí eu digo: "Sei, sou ciente disso, mas o ser humano é tão egoísta que não pára para refletir sobre a sua realidade local. Assim, como os empresários da Tanzânia ou os políticos da U.E. e também os políticos com os quais o meu querido amigo se revoltou são egoístas, nós, cidadãos de bem, também o somos. Tanto que, às vezes, precisamos de choques como esses para tentar REagir!"

O meu amigo propõe que assassinemos tais políticos para que a mídia acorde, desperte e faça o mesmo com a população (em outro post, eu falo sobre o descaso midiático em defesa e interesses escusos). Eu concordo com ele no quesito: ACORDA, MÍDIA! ACORDEM, POLÍTICOS! Mas eu também concordo com o seguinte: ACORDE, SER (des)HUMANO! Nós estamos nos comendo, desde quando fomos criados, mas a cada época o canibalismo se renova e não é só por meio da alimentação da carne do outro que ele é realizado, mas também por meio da degeneração gradual da alma e da dignidade do próximo. Realmente, Darwin deve estar tendo pesadelos onde quer que ele esteja enterrado ou por onde quer que a alma dele esteja vagando, pois a seleção natural não existe apenas entre as espécies irracionais, mas a sobrevivência do mais forte e a adaptação do mais fraco às condicionalidades da vida está acontecendo de forma espontânea e sem REações.

Ouvir um cidadão dizer que é ciente da permuta entre comida (perca pra U.E.) e material bélico (para países pobres da África) e que a guerra pode ser uma solução para eles, não como um objetivo de paz, mas como um objetivo angariar recursos para "sobrevivência" da população, por meio de financiamento dos países ocidentais interessados no conflito é ter uma punhal gelado enfiado no seu peito.

A mostra foi encerrada, no dia 18. Pena eu não ter visto os outros documentários, por falta de tempo e não de oportunidade (bem lembrado), mas tenho certeza que mais espaços e eventos como esses são necessários para que consigamos analisar, criticar e quem sabe REagir ao perigo que também está ao nosso lado. Valorizemos as ferramentas (França Maranhão e Odylo Costa Filho) que temos em mãos para mobilizar mais humanos a abandonarem o canibalismo anímico.


Luana Diniz


quinta-feira, 17 de maio de 2007

Spider man 3 é uma bosta!


Bom, são 01h45 da manhã. tow aki só pra expressar minha raiva, descarregar a frustação(se é que isso é possível)...pois bem, serei curta e grossa!

Tenho quatro observações, apenas, pra fazer sobre o Spider 3:

1º- O Harry é muito mais insano, doente e psicopata que o pai, portanto, ele jamais (EU DISSE JAMAIS!) ajudaria o Peter salvar a M.J.;

2º-O homem-areia é um vilão classe B, naum precisava dakele destaque todo no filme. Há outros inimigos do Spider que mereceriam estar lá;

3°- o Homem-areia naum matou o tio Ben;

4° -Por que o homem-aranha tava parecendo um EMO qdo tava com o simbionte?!?!?!?



p.s.¹-o Venon ficou perfeito. Tava meio apreensiva de ver um Venon tosco qdo eu vi akele Eddie Brock xoxinho

p.s.²-Alberto te darei mais crédito da próxima vez que vc sugerir algum filme contrário a escolha do grupo.


se vcs curtem o Spider dos quadrinhos, naum torrem suas granas vendo o filme, fikem só nos hq's mesmo...vejam Fightclub, Amnesia e/ou Donnie Darko, que naum tão em cartaz, mas são bons pra cacete e dá vontade de ver infinitas vezes



é só isso

vou dormir...

terça-feira, 15 de maio de 2007

"Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que balança cai"


O título do atual post é o refrão de uma das ladainhas cantadas em coro, nas rodas de capoeira. A apreendi recentemente, em uma das rodas que acontecem lá no Tombo da Ladeira - Mestre Gavião, às sextas-feiras. É um refrão sutil, simples e de fácil absorção, principalmente, quando não só se canta, mas também quando se reflete como a arte popular é um espelho da realidade de qualquer indivíduo.

Não estou aqui para teorizar ou para filosofar sobre a arte popular, até porque ninguém consegue chegar a um consenso do que realmente seja o popular. Vim mesmo retratar nestas linhas sem vida a minha última experiência na arte angolana, cheia de ginga, de magia, de malemolência, de malandragem, de graça, malícia, seriedade, HUMOR...

A Capoeira de Angola entrou em minha vida há exatamente dois meses e dois dias, no entanto, confesso que meu interesse por ela já vem de bons tempos, mas a busca de conhecimento e a dedicação a ela veio sendo adiada em função de outros interesses, de alguns contratempos e, porque não dizer, de comodismo!

Os treinos são puxados para quem está há anos sem praticar atividades físicas, mas a ansiedade por vivenciar o jogo me dominou por completo, escanteando os maus físicos ainda persistentes após os treinos. Mas, ah, que ansiedade boa é essa de experimentar essa arte/luta bonita!!! Uma arte/luta nascida da ânsia de liberdade do escravo e que se expandiu com a trajetória da população negra na história do Brasil, fundindo uma veia filosófica, cheia de fundamentos entre seus praticantes.

Segundo o Mestre Pastinha, um dos senhores da difusão da Capoeira Angolana, para ser capoeirista, não bastam apenas os treinos, mas a experiência da roda é indispensável. Frustrada em saber de tal concepção e também ansiosa em pôr em prática os golpes ensinados pelos professores, resolvi que me daria essa oportunidade de entrar na roda e fazer jus ao ensinamento deixado pelo Mestre Pastinha.

E não é que aconteceu mesmo? Entrei na roda!!! Toda empolgada, primeiro lutei com um dos capoeiristas mais experientes do Projeto de Extensão, no qual treinamos. Sem modéstias, acredito que fui bem sim, de primeira. Deixei as ladainhas, ao fundo, comandarem meu corpo, fazendo fruir a ludicidade inerente ao processo artístico da luta.

Depois disso, mais duas lutas foram realizadas, mas a que eu queria que acontecesse mesmo deveria ser travada entre mim e Polyana: uma que sabe merda nenhuma X a que não sabe nada! No fim das contas, a puxei para a roda e, caso acontecesse a recusa, esta seria considerada uma ofensa. Atrevidas, desengonçadas, mas corajosas, o desafio aconteceu. E não é que meu "sonho de consumo" (confesso: lunaticidade total) virou pesadelo?!? Começamos até legalzinho, afinal de contas, pow, nós sabemos gingar (rs), mas nos dominamos pela empolgação e esquecemos 'mandamentos' essenciais na hora da roda: olhar um no olho do outro e defender o rosto! O que aconteceu? Bem, bem...só olhando para a marca deixada pela pezada de Polyana abaixo do meu olho esquerdo. Meus óculos pararam longe. A troglodita pediu mil perdões, ficou toda preocupada, mas, ENFIM, percebi que, realmente, "nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que balança cai". Uma garota, que se dizia AMIGA, esmagou seu próprio chuchuzinho!!!!!! Aff!!!

Recuperada de tal agressão, divido aqui uma experiência emocionante vivida com entusiasmo e, mais do que nunca, vigor!

Claro que perdoei a minha "AMIGA", né?!? Faz parte do jogo, afinal, quem não sabe lutar é sempre apanhado desprevenido (M.P).

E aqui vai uma ladainha, que exprime divinamente meu atual momento, o qual, tenho certeza, perdurará por longo tempo:


Olhe eu amo a capoeira
Olhe eu amo de Paixão
Através da capoeira
Digo sim e digo não
Digo não a hipocrisia
Digo não a arrogância
Não também pra opressão
Digo sim pra humildade
Digo sim pra amizade
Pra coisas de coração
Capoeira em minha vida
Me mudou a direção
Hoje eu estou aqui
Amanhã posso estar não
Mas aonde quer que eu vá
Carrego no coração
O toque do berimbau
O toque do agogô
O sonzinho do reco-reco
Do atabaque e do pandeiro
Mesmo sem ter paradeiro
Capoeira largo não
Minha mãe me disse sim
O meu pai me disse não
Esta arte fez de mim
Uma pessoa livre enfim
Capoeira é infinita
Não tem coisa mais bonita
É ginga que vai e vem
Capoeira é meu nome
Capoeira está no sangue
Capoeira é estar bem
Camaradinho

[Linda]


Luana Diniz

domingo, 13 de maio de 2007

O mal vem do homem e não das máquinas!


Instigada a alimentar o ego da virtualidade, em detrimento ao post anterior em que a mesma foi escrachada como mero modismo exacerbado, cujo intuito é enfeitiçar e tornar-se o pão e circo de pessoas sem perspectivas culturais, filosóficas ou, ainda, pessoais, penso que o post que lês agora nada mais é que uma discussãozinha banal, já que teóricos, comunicólogos, tecnólogos, sociólogos, filósofos e até psicológos já o discutem com intensa argumentação.

Eu, no mais, não sou nenhuma expert de quaisquer áreas citadas acima, mas como 'objeto desse mal-do-século', penso que os atuais meios de comunicação, com toda as suas implicitudes, com todas as suas faces não vêm deturbar o ser pensante que somos, afinal de contas, eles têm mais a contribuir sim, do que a degenerar, uma vez que o leque de instrumentos da culturalização são inumeráveis ao passo do concebimento do homo sapiens. O pensar, logo existir, advertido por Descartes, foi uma constatação que o homem cria antes, mas esse criar não significa prioritariamente ser dominado por suas criações.

Se fulano não desliga a TV e assiste ao Big Brother, um enlatado, com meros objetivos comerciais, não é porque ele seja um alienado, mas porque aquele programa, criado por um humano condiz com a sua realidade. A psicologia explica isso.

Se beltrano usa o orkut como uma nova forma de sociabilidade, quem é você, que está a estas horas no MSN, mantendo contato com A, B, C ou D, para dizer que beltrano está errado? Só porque lá no orkut, ele troca mensagens (scraps) com pessoas diferentes, de outros lugares, com outras culturas, com outros pensamentos? E você não está fazendo o mesmo, pelo MSN?

Sicrano não perde a sua essência humana, simplesmente, porque ele mantém na virtualidade um contato que ele não mantém na vida real.


Pierre pode ser considerado um louco, pelo otimismo exacerbado proferido sobre a era das tecnologias comunicacionais, mas aquilo que ele já proferia, no ano 2000, está comprovado atualmente. As tecnologias não dominam o homem, o homem quem domina as tecnologias, (re) transformando as perspectivas pelas quais elas devem ser encaminhadas.

Ser adepto da teoria de que o homem apenas reage, sem ao menos refletir é reavivar a teoria hipodérmica, em que o telespectador era tido como um MERO telespectador. Eu sou adepta da teoria de que refletimos tanto que estamos sempre reinventando as tecnologias. Não são elas quem nos dominam, mas nós, tais homo sapiens, quem as maleficiam.


Luana Diniz

Libertem suas mentes!


Todos vivemos numa sociedade onde quem realmente domina é a máquina, sim, caros amigos, a máquina!

De que máquina estou falando? da tv, do computador, mas não me refiro ao hardware. Refiro-me aos softwares que nós mesmo, seres humanos, criamos e não soubemos controlar. São modismos exacerbados que nos deixam enfeitiçados. Não temos mais controle sobre isso. Não sabemos mais estabelecer ordem, mostrar que somos nós o homo sapiens, o ser pensante que inventou a roda, que foi ao espaço, que somos nós os criadores. Agora, somos meras criaturas, reféns dessas tecnologias que existem pra nos esconder a verdade, pra fantasiar um mundo que não existe. E, nós, caimos feito patinhos nessa história. É big brother, é tv digital, é orkut. Digam-me, o que realmente um desses três contribui(ou vai contribuir) para a melhoria da sua vida, para a sua formção crítica.

Big Brother? a grande besteira da tv. Por que essas emissoras que criaram e reproduzem o enlatado, não usam seu poder de manipular informação pra levar aos telespectadores conhecimentos que possam ser apreendidos, repensados e disseminados? Por que isso tornaria a sociedade crítica. E, o que eles querem é uma sociedade alienada que deixa de fazer seja lá o que estiver fazendo pra ver Big Brother e quando é hora do jornal (não que este seja o mais confiável também), eles desligam a tv e voltam a sua realidade.

Tv digital? dizem que a tv digital vai revolucionar e o maior trunfo dela (pelo menos é o que os criadores dela "gritam" aos quatro cantos do mundo) é a interatividade com o público. Mas, de que tipo de interatividade estamos falando? "você decide: fulana pinta o cabelo de preto ou de vermelho? a decisão é sua! afinal, o programa é feito por você" e blábláblá...e se eu quizer que fulana pinte o cabelo de louro, ou que raspe a cabeça?? isso não é interação é simples reação, um reflexo inconsciente. Não se iludam!

Orkut? devo confessar que foi uma grande sacada...quem não tem orkut, não existe, fica a margem da sociedade. Hoje, "tudo é mais fácil" pelo orkut. Falar com amigos, conseguir uma namorado(a), marcar encontros, conhecer pessoas, avisar colegas sobre algo, insultar os outros. Um mundo de máscaras foi construído e todo mundo que lá vive, mesmo não usando pseudônimos de certa forma, torna-se um mascarado só por aceitar as regras do orkut.

Daqui a pouco o homem perderá sua essência de ser social e vai realmente virar uma ilha. Por que só vai sair de casa pra trabalhar, ganhar dinheiro e comprar uma tv digital com inúmeras "vantagens". E, pela tv digital, ele vai ver a nova edição do Big Brother, não vai levantar da frente da tv nem pra ir ao banheiro, nem pra comer. Falar com os amigos, com a família? Ah, depois ele deixa um scrap pra cada um deles, mas só depois que o Big brother terminar.


"O tabuleiro de xadrez é o mundo; as peças somos nós; as regras são as leis da natureza; o jogador está oculto a nós."


Repito: Libertem suas mentes!


Polyana Amorim


terça-feira, 1 de maio de 2007

O Ladrão de Meia Idade



Numa noite infeliz de quarta-feira, Alberto segue até sua casa no pacato bairro do Cohatrac. "Como as distâncias fazem sofrer e amargurar o coração", pensa ele. Chegar em casa sempre é um alívio. Ainda mais quando se passa praticamente uma hora viajando em um coletivo super-apertado. Em mais um dia de seu cotidiano infeliz, Alberto, enfim, chega em casa. Mas há um fato: a casa está fechada e escura. "Droga! porque a memória nos falha justamente na hora em que não queremos mais andar tanto?". Tinha esquecido que era aniversário de uma amiga da família e que precisava estar lá. Era por volta de dez da noite. Já no "bendito" aniversário, sua alma se aquieta e ele medita sobre a doçura do bolo confeitado na cor rosa e sobre o prazer que conforta: o prazer dos doces e de comer. Mas, sua alegria momentânea duraria menos do que esperava. Rony, um garoto branquelo que convive com ele chega esbaforido a festa e noticia: "Alberto, tem ladrão em casa!". Para não gerar maiores confusões e dissabores, Alberto liga pra casa e para o celular dos possíveis moradores - seus companheiros de lar - que poderiam estar em casa e solucionar a questão. Nada. "PORRA!". Ele tem que ir. Ao chegar em casa, acompanhado de Rony, o branquelo, não percebe nada de estranho ao entrar em casa. A sal continua na frente, os quartos nas laterais, a cozinha aos fundos... Mas e o quintal? O quintal aquele espaço tão desprezado estava preto de escuro! Sem luz, sem vida, sem som, sem cor. Alberto verifica a porta dos fundos (aquela que divide a cozinha do quintal em dois ambientes distintos) e percebe que está fechada. E que nela está um novo adereço: uma faca enfiada em sua fresta. "Mas como o faca vai parar na fresta da porta e ainda por cima com a ponta reluzente nos desafiando como se desdenhasse da sua falta de coragem? Estúpida, só serve pra cortar as coisas e os outros e ainda fica desdenhando... MAS QUE MERDA!" Era preciso averigüar o quintal escuro. E lá se vão os dois, Alberto e o branquelo, em busca de devendar o mistério da faca enfiada na porta. O acesso até o quintal é feito por um longo corredor que possui um portão de ferro como boas-vindas. Também lá tudo era escuro. Uma bicicleta sustentava o portão que estava apenas encostado. "Mas quem terá sido o idiota que deixou esta bicicleta assim, fechando o portão?". Porta vencida, quintal mais próximo. E com ele, a aflição no coração. O quintal realmente estava estranho. Todos os objetos que lhe fazem companhia estão em desalinho. Tudo fora de ordem. "PORRA!" alguém havia passado por ali. Ou estava ali e a escuridão o protegia. "CARALHO! POR QUE A GENTE É MEDROSO?! PORRA, POR QUE TEMOS QUE ENFRENTAR OS MEDOS? QUE MERDA, EU NÃO VOU ATRÁS DE LADRÃO P.N.!!!!!!" Com a certeza presumida da passagem do ladrão pela casa, os dois vão até os vizinhos alertá-los do fato. Vizinhos assustados e avisados, era preciso tomar uma atitude! - Rony branquelo vai chamar mamãe no aniversário e diga pra ela vir acompanhada de um policial! urgente!! - E, tu? vai fazer o quê? - Vou ficar trancado dentro de casa e esperar! - Então tá. Trancado em casa, Alberto prepara-se para o imprevisível. Quem estaria no quintal de sua casa? um drogado? um fugitivo? um penitenciário? um maluco? uma alma? um tim? fazer silêncio era necessário. E assim foi feito. Até o barulho se manifestar. "MERDA! TEM GENTE NO QUINTAL! QUE DROGA!! O QUE EU FAÇO?" Era preciso agir como nos filmes: ficar agachado, sem fazer barulho e esperar a faca do vilão vir até você e arrancar suas tripas. Mas antes, as vítimas correm, gritam, choram, telefonam, têm seu momento de agonia. Isso foi feito. Alberto liga para o celular de todos que estavam na festa e ninguém atende. Tensão. O coração acelera cada vez mais na expectativa da bala perfurando seus miolos. Mais ligações e nada. De repente, um barulho! PÁAAAAAAAAAAAAAAA! Que seria? o ladrão fugindo? atirando? um morto? era preciso verificar. E Alberto foi lá. Ao chegar no portão, avista o policial solicitado com a arma engatilhada. Cena Jack Bouer. "Calma, seo Jesus! Eu vou com o senhor!" (Jesus sempre salva!) Alberto e Jesus vão até o quintal. Os vizinhos esperam os acontecimentos. Os dois têm a tensão como companhia. A arma está pronta. O tempo pára por segundos. Alberto diz: - o ladrão está nos fundos, com certeza, eu o vi!". Uma voz se ouve do quintal. Era o ladrão. E o ladrão fala: "Alberto Júnior?!. "QUE MERDA! O LADRÃO SABE ATÉ MEU NOME!!!". "MAS ELE TEM A VOZ CONHECIDA... É CLARO! QUE PORRA!!". O clima esquenta e seo Jesus está pronto pra atirar. Mas que pena... este conto não terá sangue. A não ser da menstruação nos absorventes higiênicos das vizinhas em tensão. Deve ficar bem mais grosso... Enfim, o ladrão era o próprio dono da casa. O pai de Alberto. "MERDA!" Terminar um conto sem sangue, sem moral, sem vítima, sem aventura. Só com a frustração e a atenção redobrada sobre o perigo do ladrão de meia-idade! Fiquem alerta!

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