terça-feira, 31 de julho de 2007

Uma mulher...

"...muito de música, horrores de cinema, um pouco de literatura, bastante amigos...

...comida em excesso, bebida demais, capoeira abundante, risada profunda, meninice extrema, meiguice extraordinária, maturidade excepcional, beleza dengosa...

...andar acelerado, rebolado serelepe, olhar travesso, palavra jogada, depressão típica, sonhos curiosos, determinação estranha, zelo envergonhado, inteligência intensa, fragilidade camuflada, força admirável...

...modéstia disfarçada, medo desproporcional, ousadia insana, desleixo distorcido, rebeldia falseada, amargura embranquecida, covardia detestável, zanga engulida...

...contrapõe-se em duas águas, quando os rios de suas forças se deparam. É negativo e positivo...relampeja luz sobre todas as ruas em que passa, vive as ânsias do silêncio. O silêncio acorda e corre no meio da multidão de sonhos e só, então, se faz dos sonhos estrelas caídas...é UMA MULHER!"

Luana Diniz
_TAPCP_


sábado, 28 de julho de 2007

"Bom dia, seu Centivinte!!!!"

Eu, Polyana Amorim, esse avatar extremamente inteligente[hauhauhauhau] que vos escreve, sigo uma rotinazinha bááááásica de segunda à sexta-feira. Acordo meia hora atrasada, levanto correndo, tomo um banho brasileirinho mesmo[nunca entendi a história do banho tcheco!], não tomo café e saio atropelando Dels e o mundo pelo caminho [sem dizer o habitual e totalmente falso "bom dia, fulano"] pra ver se chego antes de minha adorável chefinha no estágio mais maravilhoso do mundo [argh!]. Só não deixo de falar com Seu Centivinte, velhinho camarada que goza os últimos dias de sua vida mansa sentado na calçada da esquina da minha rua. Ah, nem me perguntem qual o nome dele...sei que o chamam de Seu Centivinte ou Seu Vinte, pra ser mais prático. O motivo do apelido só Mãe Dinah, grande "advinhadeira", pra saber [ah, e por onde andará Mãe Dinah?! ].

Pois bem, eis que um dia, sexta-feira última pra ser mais exata, ia eu, serelepe [apesar de habitualmente atrasada e habitualmente grogue de sono], para o trampo. Aí, dei o meu "bom dia, Seu Centivinte" de sempre. Eis que ouço uma risadinha sacana vinda de meu interlocutor. Viro, olho e TCHANRAN! não era seu Centivinte...[eita, mancada! ]



"Err, desculpa, achei que fosse seu Vinte"



" (risos) mas, é a terceira vez que tu passa aqui e me diz 'bom dia, seu Centivinte!' "



[o infeliz deixou passar todos esses dias e resolveu abrir o bico na sexta pq?affee ¬¬]



Aí, eu estampei um belo sorrisão amarelo no rosto e "err, desculpa, mesmo! é força do hábito por sempre passar e falar com seu Vinte"



"eu entendo! a força do hábito nos deixa mecânicos, cegos e insensíveis"



[MAS, HEIN?!]



filosofia babaca de bar às sete e quarenta da manhã é demais pra mim!



depois dessa segui meu caminho rumo ao serviço [não mais serelepe, no entanto]



é, né...também tem disso na vida!



Polyana Amorim
sem inspiração pra subnicks

Viver para quê, se meu destino é morrer?

Qualquer assunto debatido surge no meandro de algo problematizador. O assunto que vou tentar expor aqui não é discutível, mas é pensável sim. Aliás, pensar sobre ele, para alguns, é deprimente; mas, para outros, é uma pauta bastante natural, afinal o objeto desse pensamento é inerente à existência humana. Existência? Não, não. Morte! Sim, sim...a existência da M-O-R-T-E.


Certamente, qualquer leitor desse texto já se deparou com a perda de alguém, mesmo estranho, e sentiu um calafrio ao ter, por alguns minutos, a idéia da catarse corporal e espiritual. Eu, nesta semana, conversei com duas pessoas diferentes sobre a morte. A primeira me disse que andava pensando com bastante pavor sobre a perda de entes queridos (natural) e a segunda me falou sobre uma parente doente e chegamos à discussão sobre a forma que a morte chega a algumas pessoas, como se fosse uma cruz injusta para ser carregada. Durante a conversa, lembrei algumas coisas que refleti durante a leitura do livro As Intermitências da Morte, do escritor português José Saramago.

O final do livro tem como protagonista, claramente posta, a morte por meio de uma efabulação surpresa. Mas acredito que até a página 150 a narrativa muitíssimo bem construída por Saramago a morte ainda não é trivialmente o centro, embora ela seja o ponto de partida para os desenlaces. Na minha opinião, o tópico central do texto é a temerosidade a desejada eternidade. Contraditório seria essa construção, se não fossem as intermitências e as situações, juízos e sentenças consequenciadas pela morte da morte. No enrendo, o autor destrincha os interesses escusos de poderes institucionais falseados com a existência da morte.

Deixando um pouco o enredo de lado (não vim Saramaguear aqui), me atenho à relação que fiz entre as minhas conversas e a leitura da obra. A suposta existência eterna é concebível, para nós, sob o âmbito religioso, e não efetivamente no plano terreno. Sendo que o temor da morte se confunde exatamente com o desejo de permanecer vivendo, mesmo que a vida não seja uma das sete maravilhas do mundo. Mas imagine se, de repente, não fosse mais possível morrer e tivesses que viver para sempre (?)! O que você pensa? É uma pergunta antagônica àquela proposta por Paulinho Moska: "O que você faria se só te restasse esse dia?" Nenhum dos casos é seriamente pensado por qualquer um de nós, a não ser a última da canção por um paciente terminal, que, ainda assim, se sente confuso e perdido, como se o quê tivesse para realizar em 24 horas não valesse todo o tempo já vivido.

Para mim, ficou, logo, a primeira questão e eu cheguei à conclusão que meu destino é morrer, exatamente, para fazer valer à pena a vida que construo. Isso embasa a pressão do tempo em nos empurrar para os desafios críticos e dispendiosos, onde a inércia é uma vilã do processo de morte vital.

E, então? Viver para quê, se teu destino é morrer?
Luana Diniz
vivendo para viver e para morrer

quinta-feira, 26 de julho de 2007

TEM CULPA, EU?


O poeta já escreveu: "O Homem é estômago e sexo!"(vide Amarelo Manga - filme). E que nossos impulsos são controlados por estes dois elementos.

Os mais românticos podem discordar, afirmando que somos alma e coração. (esqueci a música que faz referência a isso... mas é brega!).


Eu concordo com as duas hipóteses e acrescento a mente como superior a tudo isto. Todo nosso ser se resume apenas aquela massa encefálica que guardamos dentro dessa caixa que é a nossa cabeça, e o resto, é apenas intrumento.


Estes prolegômenos são para afirmar que tudo que nossa mente imagina, supõe, enfim... decide, é determinante em nosso comportamento. E ela trabalha de forma dialética para que os argumentos propostos por nós mesmos cheguem a um consenso.

Assim, nosso id, ego e superego transformam-se num júri que nos deixam irritados, mesmo sabendo que tudo é fruto da nossa imaginação!

Ai, que agora eu já tô ficando confuso comigo mesmo!!! mas vamos ao tema deste post!

Os problemas que a mente produz e carrega tem efeito imediato em nosso comportamento. Um destes problemas é a culpa!

A culpa grava um selo em nossa memória e, dependendo do peso que ela adquire em nossa mente, traz graves problemas. O peso da culpa é medido pelos nossos valores éticos, morais e culturais.

Recentemente, fui vítima de assédio moral. (o problema ainda é novo para mim, portanto ainda não sei definir níveis nem categorias de assédio moral!) Digo que foi assédio porque em pouco tempo, fui me sentindo menosprezado e comecei a duvidar das minhas competências! Até perceber que era apenas uma pessoa que fazia tais afirmações ao meu respeito. Porém, era o THE BOSS!!!!

Tentei compreender a situação toda como uma forma de autodefesa que THE BOSS se utilizava para não perder o emprego, achando que eu poderia ocupar seu lugar! (bom, pelo menos acho que foi isso...).



Nos primeiros meses, eu relevava e achava que poderia mostrar que THE BOSS estava errado. Depois, decidi enfrentá-lo de forma passiva. Por fim, passei a perceber que tudo o que THE BOSS dizia para mim estava sendo absorvido pela minha mente de forma afirmativa e, aos poucos, fui definhando mentalmente. Isso é lavagem cerebral.


Eu já chegava no ambiente de trabalho completamente desestimulado e sem qualquer motivação e criatividade. Já não conseguia perceber soluções para superar aquilo. E assim como foi definhando meu entusiasmo, foi definhando minha alegria e eu já me sentia cansado antes de fazer qualquer coisa! Era a depressão que estava se aproximando.

Eu conheço várias pessoas, vítimas de depressão e sei o quanto a doença é grave! Portanto, antess que ela se apoderasse de mim, resolvi cair fora de lá!

Foi uma difícil decisão, porque, além da experiência que você adquire como profissional e do elo que você faz com pessoas que não tem nada a ver com a história, fica um pouco de frustração. E também o lance do dinheiro, que sempre é necessário numa sociedade capitalista como a nossa, onde até a internet que usamos, tem um custo!

Na minha saída, ficou acordado que eu devolveria para a instituição um valor referente ao mês em que eu já estaria fora de lá. Porém, o dinheiro advém de verbas públicas (a instituição é pública). Uma data ficou decidida entre mim e meu BOSS e assim ficou combinado.

Quando recebi o dinheiro, estava cheio de dívidas com o banco onde está minha conta. E como minha conta corrente era de débito automático, o dinheiro ali depositado foi logo aproveitado.

THE BOSS me procurou feito louco atrás deste dinheiro e eu já ficava nervoso só em ver a ligação no celular.

O dinheiro não foi devolvido, até porque eu não tinha mais como pagar! Apenas ficou a culpa na minha consciência pela não-devolução da grana.

Porém, a culpa só se estabilizou por conta dos meus valores morais e éticos e que teimam em me reafirmar toda vez que eu ouço nome do THE BOSS, ou o vejo em qualquer lugar. THE BOSS tornou-se a personificação da minha culpa! E eu tenho me comportado feito um maluco tentando evitar um encontro inesperado entre mim e THE BOSS!

Para alguns, que sabem da história por completo, podem afirmar que eu sou idiota e que o dinhero não era de nenhum dos dois, afinal, a instituição é pública e o dinheiro vem do povo! Tanto THE BOSS como EU não tínhamos direito sobre a grana. E que ninguém saiu prejudicado neste jogo de corrupção. Apenas EU que detesto corrupção, me tornei mais um nessa atitude idiota e que eu não poderei reparar nunca, a não ser que eu saia distribuindo o valor referido a todo mundo!

Fica aqui o meu desabafo, mesmo não compreendido por muitos, mas é sincero! E eu espero que niguém passe pelo que estou passando! joguem fora suas culpas! (é fácil falar, difícil é fazer!!!)

Para que vocês compreendam melhor o que acontece comigo, assistam ao filme "O Operário" ! se virem, procurem na locadora mais próxima! (eu sei que no cohatrac tem!!!)


Alberto Júnior


enlouquecido






quarta-feira, 25 de julho de 2007

E EU COM ISSO?


“Ei! Com licença.... Quem ganhou a partida de basquete hoje?”

Estava eu no meu particular-bus-Cohatrac-São Francisco, ainda frustrado comigo mesmo por ter perdido um suposto interessante evento, quando três garotas entram no ônibus e sentam no banco à minha frente.
Super empolgadas, falavam de coisas triviais que os outros componentes deste blog costumam comentar em suas bobagens triviais.
De repente, uma delas se vira para mim e pergunta:

“Ei! Com licença... Quem ganhou a partida de basquete hoje?”

A pergunta me deixou desnorteado (eu já estava meio assim... lerdo!)! Eu tentei imaginar uma resposta rápida, mas fui objetivo: - sinceramente... eu não assisti televisão hoje!
Este pequeno diálogo suscita alguns questionamentos, vocês não acham?!

1 – O que leva uma pessoa a ter o perfil de alguém que gosta de esporte e está ligado no PAN? (eu não o tenho!)

2 – Sou um comunicólogo em formação e, presume-se: todo comunicólogo deve ser bem informado!

3 – Como ser bem informado, se para trabalhar não podemos assistir televisão? (eu passei a manhã redigindo coisas e a tarde fazendo programação musical!)

4 – Eu preciso me preocupar com o PAN? Mas... e Bin Laden? E a fome na África? E os ornitorrincos em extinção na Malásia? E os plânctons carnívoros do Pacífico? E o presente de Polyana dia 31?

E eu ainda “bosto” uma merda dessa...

Vai entender...

Alberto Júnior
De “bost” cheio!

LADRÃO É A AVÓ!

“Hoje em dia a gente precisa ter cuidado com qualquer um, não é comadre?”

Após uma cansativa manhã de trabalho, fazendo clipping, redigindo textos, enviando e-mail´s, mantendo contatos com a Imprensa e ouvindo algumas conversas de marocas de instituições, resolvi me antecipar um pouco na minha rotina: ESTÁGIO – UFMA – “EM ABERTO” – CASA. E para não perder o Campus-Bus, corri de onde estava (rua do giz) até a parada do Terminal de Integração.
No meio do trajeto, especificamente no “Beco do não-sei-o quê?” (onde fica a Boite Observatório – ah, vcs sabem...), vou me aproximando rapidamente de duas senhoras que estavam de costas para mim com a finalidade de atravessar a rua.
Uma delas, percebendo a minha aproximação, segura firma sua bolsa e arregala os olhos para mim. Depois de passar por esse obstáculo, saio correndo porque tive a impressão de ter visto o ônibus se aproximando. Contudo, ainda deu pra eu ouvir a seguinte expressão:

“Hoje em dia a gente precisa ter cuidado com qualquer um, não é comadre?”

Enfim, isto me fez repensar todos os outros textos aqui postados sobre preconceito, sobre ladrão etc e tal...

Quando vires algum magrelo preto e pobre, correndo pelas ruas, fique alerta!


Moral da história: a pressa é inimiga da perfeição! O pobre magrelo que correu para chegar cedo na UFMA e almoçar com os amigos, não almoçou porque sua AMIGA simplesmente comeu por lá com outros AMIGOS e esqueceu de reservar a comida do magrelo.
Reflitam...
Alberto Júnior
"gatuno"

INGLATERRA 10 X 0 ESTADOS UNIDOS


Foi-se a época em que o pop americano troava nos quatro cantos mundo. Os ícones dessa onda nascida no final dos anos noventa sucumbiram em suas bizarrices, egoísmos e ganâncias. A indústria musical americana, no entanto, vem tentando restaurar essa hegemonia de outrora. Assim, nasceu aquele tal de High School Music, uma versão americana (e fracassada) do RBD, mexicano. E, desse tal de High School saiu a Ashley Tisdale que segue aquele modelo já falido de loura, peituda, que rebola e tem voz de Barbie (não vai passar de um hit). Já o mercado inglês tem muito que comemorar. Sua nova safra de cantoras solo tem conquistado o mundo. Amy Winehouse dispensa comentários, até mesmo por que a moça já tem um post só pra ela aqui nos Ralados. Da Corine Bailey não tenho muito a falar. Ela mandou bem no single de estréia, Put your records on, mas quando fui ouvir o álbum todo, achei meio sem sal. Já a Lily Allen tem um álbum bem temperadinho. Com uma plástica sonora legal, músicas irreverentes de autoria própria e alguns palavrõezinhos que dão um quê de “atitude”, o Alright, still..., primeiro cd da carreira, é digno do selo de qualidade Ralados e Toscos Company Ltda.hehe!


Tenho três pontos a destacar sobre o álbum:


Primeiro, ele pode ser considerado um cd de reggae e rap, mas volta e meia se percebe um soulzinho aqui, outro ali...tudo com uma espessa camada de pop pra dar homogeneidade ao conjunto. Segundo, em algumas faixas ouve-se, nitidamente, a “voz” de um trompete. Gente, trompete é fiiiiiiiino. Usa-lo numa produção pop que visa atingir um público acostumado com samplers, remixes e sons genuinamente digitalizados é coisa de cabra macho. Terceiro e derradeiro, nós aqui do Ralados temos discutido muito (dentro e fora do blog) essa questão de assumir seus preconceitos e talz. Eu sou muito preconceituosa com músicas que tem “chalala”, “yeah!yeah!yeah!”, “tchururu”. Acho pura falta de criatividade. No cd da Lily Allen, das onze faixas, umas seis usam e abusam desse “recurso”, mas é super válido por que combina com a estética do álbum, assim meio “flopt” como diria Alberto (budunhus) Junior. Já não é o caso da música Hey, Jude, dos Beatles, que poderia muito bem limar aquele “lalala” infinito e irritante.


Pois bem, todos sabemos que o primeiro disco é sempre o melhor ou o pior da carreira de um artista. Esse da Lily não é chato, merece todos os créditos que já ganhou por aí. E, acho que essa experiência do primeiro disco pode trazer um segundo bem mais produzido e muito mais legal. Basta ela não deixar o sucesso subir a cabeça e não se render às chantagens, pressões e tentações do mercado fonográfico e da indústria cultural com suas estratégias de alienação de massa (ui! baixou um Adorno agora,hehe)


Caros leitores e leitoras, ouçam o cd e dêem seu parecer a respeito.


Beijos no coração e até a próxima!


=]


Polyana Amorim
ouvindo música em vez de trabalhar e atrapalhando Alberto onde quer que ele esteja...

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Amigos Engordam

Este deve ser o terceiro post cujo protagonista é o ser amigo. A única diferença entre este e os anteriores reside no antagonismo mocinho e bandido. Não se preocupem que não vou relatar quaisquer fatos relativos à violência urbana e/ou seus respectivos fatores, que possam vir a envolver “meus amigos”, por mais que a constatação seja empírica. Nem por isso vocês vão desconsiderar o post, afinal, a constatação foi concebida juntamente a um ‘doutor’.

O mesmo ‘doutor’ que me deixou depressiva, porém resoluta em me desfazer das minhas amizades, em prol unicamente da minha saúde. Em uma (terceira) consulta para tratamento desengordador, o ‘doutor’ verificou um aumento injustificável de peso, pelo menos, à primeira vista e/ou audição. A anormalidade se deu em função de um aumento de peso não ser, obviamente, o objetivo de um tratamento desengordador.

Após me pedir para justificar o aumento de peso, irresponsavelmente obtido, por falha de consulta por dois meses, ele foi lacônico ao diagnosticar o vilão do insucesso no tratamento: elimine seus amigos do seu cardápio. Claro que na hora eu ri muito, pois é muito engraçado visualizar presuntos, quiabos, sebos e demais tosquices sendo retirados do meu cardápio.

Daí lembrei de todas as vezes em que fui intimada e obrigada a comer a calabresa de Helinho, a saborear a batata-frita do Valtinho, a comer o Sousa cheio de catchup, maionese e mostarda, a esconder criminosamente pacotes e mais pacotes de salgados na bolsa para entrar no cinema, a misturar Coca-Cola e Chocolate após o almoço e, pior, a ingerir obscenamente álcool. É. O desengordador tem razão: amigos engordam!
Luana Diniz
em dieta de amigos
=)

domingo, 22 de julho de 2007

O Cake é bão, rapá!


Há coisas na vida que vem, passam e nos deixam ilesos. Outras que vem e deixam suas marcas. Marcas quase invisíveis, marquinhas que a gente lembra vez ou outra e marconas relevantes, que toda hora a gente lembra delas.
Música é assim também. Ela também nos deixa marcas. Há músicas boas. Há bons músicos. Bons interpretes, bons compositores. Infelizmente, há também aqueles que não são nem bons intérpretes nem bons compositores e ficam por aí fazendo umas "músicas" sem-noção só pra agredir nossos ouvidinhos sensíveis, eles acabam marcando também. Mas, graças a melDels existe o Cake. Aaaah, o Cake sim, engloba as primeiras características que enumerei a vocês. Boa interpretação, boa composição, boa música. Sim, muito boa música.
Ah, é...vocês não conhecem o Cake, né!? Aqui vai um release básico: O Cake é uma banda americana da California, criada na década de noventa com o objetivo mor de dar as pessoas uma opção melhor de entretenimento musical. Liderada pelo John McCrea. A banda é caracterizada por suas letras irreverentes e seu bom e velho folk. Mas, aí você me pergunta: quidiabos é folk?! Folk é música dos céls, pelo menos o folk que o Cake toca, hehe. Funk+country+rock+jazz+rap+ska= folk do CAKE. Os mais amadores (hehe) chamariam o som do Cake de alternativo, o que não deixa de ser...ah, mas isso eu explico depois (senão, Luana vai me encher de perguntas difíceis, hihi).
O Cake é tão bom que até os covers que eles fazem ficam melhor que os originais. Leia-se: I will survive (da Gloria Gaynor), Perhaps (um mega clássico latino-americano), the guitar man(do Bread), Never gonna give you up (do Barry White) e War pigs (do Black Sabbath) . Essas duas últimas estão no B-sides and rarities, lançado no início desse ano. Um luuuuuxo de cd, diga-se de passagem!!!
Bom, depois de toda essa(merecida) rasgação de seda para o Cake, só VOS resta ouvir o Cake.

*Dica da tia Poly: comam esse bolo com vontade, por mais que o sabor seja novo pra vocês. Experimentem um, dois, três pedaços... comam o bolo todo se quiserem (e é o que eu recomendo) nem pecisa de refrigerante pra acompanhar. XD



Polyana Amorim
devorando o Cake

SOMOS PRECONCEITUOSOS!


A sociedade atual está criando novas aberturas para o diálogo e a melhor convivência dentro da pluralidade que as identidades sociais se apresentam.

Ações afirmativas têm sido criadas com o intuito de reparar anos de exclusão social que a história nos relata. E, nessa nova perspectiva, o preconceito de raça, gênero, cor, credo, orientação sexual e classe é agora um comportamento OJERIZADO pelos cidadãos MODERNOS!


Afirmar-se como preconceituoso hoje é motivo de vergonha e aquele que o assume, acaba sofrendo um novo tipo de PRECONCEITO. O PRECONCEITO de ser PRECONCEITUOSO. Um pouco confuso e redundante, não é?! mas vou tentar me fazer compreender, antes que você já tenha tido o pré-conceito de achar que já estou tomando uma posição a favor ou contra algo. E nada melhor que exemplos para a compreensão de algo...


Caso 1: Estava eu com mais três conhecidos no BAMBU BAR (eita que o merchandising de Helinho já tá chato aqui nesse blog!) e conversávamos coisas triviais. Um dos conhecidos - negro - é militante no movimento negro e faz parte da equipe que elaborou o processo de ações afirmativas do último vestibular da Ufma. Num certo momento, ao contar alguma besteira de mesa de bar, soltei a palavra NIGRINHAGEM de forma inocente. Senti um certo clima de tensão por ter proferido a palavra assim com tanta ênfase. O sensação que tive foi a mesa de quando falamos um palavrão proibido perto de nossos pais e eles nos olham com aquele olhar de "em casa conversamos"! Percebendo o clima, eu pedi desculpas. A pessoa ofendida me explicou porque eu não devia usar o termo e tudo ficou na paz. (eu espero...)


Caso 2: Meu sobrinho de cinco anos está na fase de escolhas e preferências. (gente, não leve para o lado sexual, se bem que nesta fase tudo já está muito bem delineado...). Estávamos eu e minha família todos em casa. Era uma quarta-feira e estava passando na TV uma partida de futebol entre Vasco e Flamengo. Detalhe: na minha família, 99,99% torce para o Vasco. Eu não gosto de futebol, então certamente devia estar lendo alguma coisa na sala para poder fazer parte daquele clima de congraçamento (Obrigado prof. Arnold por ter me ensinado palavras tão bonitas...). Num determinado momento, o Flamengo faz um gol e meu sobrinho, super empolgado, dá aquele grito vibrante: GOOOOOOOOOOOOOOOOOOL! Todos na sala imediatamente deram seus olhares de metralhadora para a inocente criança e o Seo Alberto "o patriarca", dá aquela bronca: "Que é isso, rapaz? naum quero flamenguista na minha casa! Coisa feia! tu tá torcendo pra quem, ora?!". Meu sobrinho não conseguiu ter mais nenhuma reação. Apenas se encolheu, começou a piscar os olhos freneticamente e disse bem muxoxo:"eu disse foi gol do Vasco...." e a partir daí percebeu que não tinha mesmo escolha.



Caso 3: Duas amigas minhas estavam num desses happy-hour´s (que na verdade era apenas uma gazeta da capoeira), e começaram a beber numa mesa do ????? - Bar (vc´s já sabem!). Elas não tinham percebido que a mesa estava ocupada e não demorou muito para o dono aparecer. "Por acaso", eles começaram a conversar sobre um lance de preconceito. Ele - negro - confessou a elas que até certo tempo tinha preconceito com negras. Só ficava com meninas loiras e isso, chocou minhas amigas, sendo que uma delas é negra! (procure nas fotos do perfil deste blog).

Os três casos nos falam de exemplos de preconceito que vivenciamos a todo dia. O "pré-conceito" não deve sofrer, de forma alguma, qualquer tipo de condenação e de PRECONCEITO. Afinal, somos seres humanos sociais. E dentro das relações sociais, observamos aqueles que nos rodeiam e vamos construindo personagens. O pré-conceito é o ponto de partida para uma futura relação, seja afirmando este conceito pré-estabelecido ou negando-o.

Sim, amigos, a primeira impressão sempre fica em nosso inconsciente. Porém, a nossa maturidade e abertura nas relações é que nos mostram que não devemos criar barreiras para com o outro(a).

O problema está em não querer ir adiante e ficar apenas nas suposições sobre isso, aquilo, isto, aquele e aquela. Mas que somos preconceituosos, ah, isso somos sim!


Alberto Júnior - "Por uma vida sem calcinha!" vote Sapa7

sábado, 21 de julho de 2007

Você acredita em Destino?



Outro dia desses assisti o filme “A casa do lago”. Ele mostra a história de amor de Alex e Katie, ele um engenheiro e ela uma médica. Os 2 passam a se corresponder através de cartas e logo descobrem que estão em épocas diferentes, Alex em 2004 e Katie em 2006. Terminado o filme fiquei a me indagar sobre a mensagem que ele trazia consigo. Inquieta fui conversar com minha irmã que também tinha assistido o filme e que também ficou intrigada, não só porque o filme não traz uma explicação óbvia para o problema de os personagens estarem vivendo um amor mesmo vivendo em épocas diferentes, mas pelo fato de no final a personagem principal ter constatado que se algo tem que acontecer vai acontecer, ou seja, você não pode mudar seu destino.
A conversa com minha irmã acerca desse filme foi no mínimo engraçada, visto que ela estava tomando banho quando comecei a falar, então ficamos lá no banheiro conversando enquanto ela se ensaboava e nos questionando se não se pode mesmo mudar o destino.
Tenho que confessar uma coisa, nunca tinha refletido direito sobre o tema. É algo que você pensa, mas a primeira coisa que vem a cabeça, justamente como veio a da minha irmã é: se o nosso destino já está traçado isso quer dizer que não temos poder de controlar nossa própria vida? Será que somos apenas marionetes do destino?
Não é que não tenhamos poder sobre nossa vida, mas cada pessoa nasce com uma missão importante a cumprir. Nascer com o destino traçado não quer dizer que se você tem algo a ensinar a muitas pessoas que vai necessariamente ser professor. Quer dizer que pessoas dependem de você para realizar algo que vai ser fundamental na vida delas.
Um exemplo disso é a vida de Jesus Cristo. Ele já nasceu com o destino certo: morrer para que outros pudessem viver. Mesmo tendo a opção de abandonar aquele projeto, visto que as dores para a realização deste eram imensuráveis, ele optou por cumprir seu destino e salvar a humanidade.
Imagine agora se cada um soubesse logo ao nascer do seu destino! Alguns aproveitariam melhor a vida, outros não conseguiriam suportar o seu fardo e outros não saberiam o que fazer.
Eu acredito em destino e talvez o meu destino fosse estar aqui fazendo com quem vocês façam questionamentos sobre se acreditam ou não, mesmo que isso aparentemente não leve a nada... Aparentemente.
A vida é como a história de “A casa do lago”, há vários caminhos, mas todos eles vão dar num só lugar.


Lidiane França

sexta-feira, 20 de julho de 2007

O ideal da Amizade [no dia do Amigo?]

A camaradagem, o companheirismo, às vezes, parecem amizade. Os interesses comuns por vezes criam situações humanas que são semelhantes à amizade. E as pessoas também fogem da solidão, entrando em todo o tipo de intimidades de que, a maior parte das vezes, se arrependem, mas durante algum tempo podem estar convencidas de que essa intimidade é uma espécie de amizade. Naturalmente, nesses casos não se trata de verdadeira amizade. Uma pessoa imagina que a amizade é um serviço. O amigo, assim como o namorado, não espera recompensa pelos seus sentimentos. Não quer contrapartidas, não considera a pessoa que escolheu para ser seu amigo como uma criatura irreal, conhece os seus defeitos e assim o aceita, com todas as suas consequências. Isso seria o ideal. E na verdade, vale a pena viver, ser homem, sem esse ideal?


E se um amigo falha, porque não é um verdadeiro amigo, podemos acusá-lo, culpando o seu carácter, a sua fraqueza? Quanto vale aquela amizade, em que só amamos o outro pela sua virtude, fidelidade e perseverança? Quanto vale qualquer afecto que espera recompensa? Não seria nosso dever aceitar o amigo infiel da mesma maneira que o amigo abnegado e fiel? Não seria isso o verdadeiro conteúdo de todas as relações humanas, esse altruísmo que não quer nada e não espera nada, absolutamente nada do outro? E quanto mais dá, menos espera em troca? E se entrega ao outro toda a confiança de uma juventude, toda a abnegação da idade viril e finalmente oferece a coisa mais preciosa que um ser humano pode proporcionar a outro ser humano, a sua confiança absoluta, cega e apaixonada, e depois se vê confrontado com o facto de o outro ser infiel e vil, tem direito de se ofender, de exigir vingança? E se se ofende e grita por vingança, era realmente amigo, o traído e abandonado?
[extraído de O Citador]
Sándor Márai, escritor húngaro

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Notícia nada ralada


Após um longo e tenebroso inverno, em que se pausaram as atividades de revolta em consonância com a aceitação coletiva dos resultados da consulta prévia para o cargo de reitor da UFMA e também após o "consenso" da lista tríplice, eis que surge numa tarde de verão (anda chovendo muito ultimamente) a seguinte notícia:

O Conselho Universitário, com base em parecer apresentado pelo professor Lindon, diretor do CCH, aprovou o voto direto e paritário nas eleições para chefe de departamento e coordenador de curso.

O portador da notícia considerou oportuna a aprovação do parecer, uma vez que a campanha que protagonizou as últimas eleições foi ímpar em toda a história da Federal do Maranhão. Ele disse, ainda, que esse é um passo importante ao processo direto e paritário para o cargo de reitor. Então, vamos que vamos!!!
[Ah, o portador da notícia? Chiiiicooooooo...]

Luana Diniz
depois da tempestade, vem a bonança

domingo, 15 de julho de 2007

Sou influenciável, graças a Deus!


Indecidindo sobre a noite de sábado, descartei uma programação, por causa da triste lisura. Eis que uma Alma BONDOSA me convida para assistir a apresentação da banda de um amigo nosso. A banda eu já conhecia de nome, nas rodas de alguns outros conhecidos, mas nunca me dei a oportunidade de curti-la.

Eis que aceito o convite, afinal, eu estaria acompanhada de amigos, estaria ouvindo música (de graça, diga-se de passagem) e, pela indicação, não deveria ser algo ruim, embora o comensal também não tivesse profundo conhecimento acerca da produção da banda.

Chegando lá, vimos algumas caras conhecidas. A banda ainda estava preparando os equipamentos, em função do atraso providenciado pela chuva. Quando ela começou a tocar, a Alma BONDOSA disse: "Se não prestar nas duas primeiras músicas, vamos para o Souza"; e eu fiquei lembrando de quem adoraria estar lá e deveria estar, mas não estava (aff). O ritmo da música começou melancólico e depois ficou agitadinho, lembrei de Cordel, de outros ritmos misturados (jazz, blues, samba). Ou seja, eu já sabia que a banda era naturalmente alternativa (até hoje não compreendo porque usam essa palavrinha para as novidades da misturêba cultural). Meu amigo não trocou uma palavra sequer durante alguns minutos e percebi que eu realmente não estava enganada sobre o quão boa a música era (se ele achou boa...pow!).

A apresentação foi recheada com algumas intromissões bizarras (trêbados "atípicos") e logo depois veio outra banda ("amiga" da primeira) que não nos animou muito. A Alma BONDOSA se satisfez com a apresentação e eu também fiquei satisfeitíssima com a Soro da Baladeira (ah! esse é o nome da banda!), não só pela apresentação, a qual me deixou uma letra (LEVE é o nome) na cabeça, como também confirmou mais uma vez quais são as minhas influências musicais, uma vez que eu sou A alienígena nesse mundo tão bom de curtir e de viver. É claro, que nem tudo ou todos me influenciam musicalmente, mas aqueles que contribuem para o meu leque são pessoas de "responsa". E, é claro, que nem por isso vocês vão se achar no direito de ficar me perguntando qual o nome da banda, da música, do cantor, do arranjador, do produtor, do "diabo a quatro", por favor! Hunf...
Valeu a noite!

Luana Diniz
indica uma música aí! ;)

sábado, 14 de julho de 2007

O amor real não ACONTECE como em contos de fadas

[Num dia de paixão...num dia de sofrimento...num dia, um amigo indica uma música...num dia fora dos contos de fadas...]

Aconteceu
Adriana Calcanhoto

Aconteceu quando a gente não esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar
Aconteceu sem que o mundo agradecesse
Sem que rosas florescessem
Sem um canto de louvor
Aconteceu sem que houvesse nenhum drama
Só o tempo fez a cama
Como em todo grande amor.


[O que você achou? Ouça-a! Vale a pena ouvi-la]

Luana Diniz
apaixonada...acontece!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite...Eu te amo!



Lembro de um típico dia de bebemoração, em que eu e mais três amigos saímos tarde da noite a procura de ônibus e nos deparamos com uma UFMA deserta e mal iluminada. Fomos para a parada localizada fora do CAMPUS, com transeuntes de bicicletas e carros passando como zumbis. Os poucos ônibus que circulavam não iam para a garagem ou estavam indo para onde não íamos. O tempo passava, nenhum ônibus que nos servisse aparecia, até que decidimos atravessar a ponte, ir pelo Largo de São Pedro até chegarmos ao Anel Viário. Mas a escuridão afundou a decisão e, por fim, petrificamos na parada quando, de repente, a luz do poste ao nosso lado apagou. Um dos amigos virou para os demais e disse: NÓIS SE AMAMOS”. Na hora, nos abraçamos até que uma amiga riu da bela coerência gramatical ali construída, mas o amigo disse: “Não importa! Nos amamos, NÓIS SE AMAMOS.”

Essa frase é causa de chacota até hoje entre os que estiveram juntos naquela noite. Mas o que está no cerne da expressão é a força de um sentimento momentâneo, que talvez não seja tão momentâneo assim. Pelo menos não quando se leva em consideração todos os momentos vividos juntos, com uma união construída a base de lutas cotidianas para enfrentar exatamente o cotidiano que intenciona corroer as relações humanas.

Dentro de oito dias vai ser o Dia Internacional do Amigo. O presente texto bem poderia ser publicado no dia que está por vir, mas a razão que me traz a pensá-lo e fazê-lo exatamente hoje está além da transgressão às datações simbólicas das musicalidades da vida que deveriam ser comemoradas todos os dias. O que arquiteta a atuação deste textículo é a recente discussão no chat acerca do poder dizer EU TE AMO, como se a expressão fosse um BOM DIA, um BOA TARDE ou um BOA NOITE.

As últimas expressões são solicitudes sociais às quais devemos aderir para que sejamos bem “apessoados” não importa diante de quem seja. Elas são ensinadas ainda quando crianças para que possamos passar por todas as esferas sociais esfregando uma educação não refletida, mas impregnada. Por força desse pressuposto, um amigo impugnou a expressão no chat a uma pessoa que se dizia naquele dia com uma grande vontade de nos dizer o EU TE AMO. A justificativa da impugnação foi dada como está dito acima. No entanto, todos depois começaram a dizer EU TE AMO, porque afirmavam estar com vontade de assim fazer. O meu amigo foi “vencido”, mas o episódio se repetiu e mais uma vez jogaram pedras sobre o amigo que queria defender a santidade que ronda a expressão, como se jogá-la no ar fosse um sacrilégio ou uma heresia. Compreendo a revolta do meu amigo e compreendo também a vontade de todos em dizer EU TE AMO. Nenhum deles quis pecar contra o amor ou ser algozes desse sentimento sagrado vulgarizando-o.

Da mesma forma como aconteceu naquela noite em que um erro gramatical deixou mais bela a expressão de um sentimento momentâneo, os amigos resistentes em gritar aos mil ventos EU TE AMO uns para os outros são regidos pela pulsação do coração no momento. Se o medo do amigo, que acha uma ousadia sair declarando amor a quem se acha de direito, é que esse sentimento momentâneo seja demasiado momentâneo, aconselho-o que encarne o momento de novo, então. E deixe pulsar pela boca o coração e diga EU TE AMO sem receio de profanar o amor, pois como saber se o que sentimos uns pelos outros é amor, se nem mesmo nos damos o direito de senti-lo? Senti-lo não é ouvi-lo e deixá-lo calado. Senti-lo é ouvi-lo e deixá-lo berrar a quem se ama NÓIS SE AMAMOS.

Portanto, deixo bem dito aqui que sou a favor do que quer o meu coração. Não sei se ele dirá o mesmo que diz hoje a todos e, realmente, talvez amanhã aqui nem pulse o mesmo coração. Mas o que importa é que não deixei um bom amigo passar sem eu ser porta-voz do meu coração para ele.

AMIGOS, Bom dia, Boa tarde e Boa noite. Ah! EU AMO VOCÊS e NÓIS SE AMAMOS.

[Ei! E você que está lendo esse Bost aqui? Já disse EU TE AMO ao seu amigo hoje? Não? Tá perdendo tempo! Corre lá, que a vida urge...]


Luana Diniz
ai, ai (suspiros...)

Um furacão...


Livros de uma futura biblioteca, folhas, roupas jogadas na cama e no chão, CDs fora de suas capas e espalhados pela mesa, sandálias e chinelos olhando para os pares distantes, bijouterias enrendadas umas nas outras, ar esfriado pelo ventilador, um mural laranja com registros de momentos aparentemente felizes na parede de cor verde (tom claro, claro), adesivos grudados por toda a porta, gritos e risos de crianças vindos da rua, lá fora o restante da casa, o restante do mundo lá fora...


Quem vê ou imagina esse cenário, pensa consigo mesmo: "Nossa! Passou um furacão por aí?" A resposta vai ser afirmativa: "Sim, sim. O furacão foi uma menina com os olhos enebriados pela coragem, mas com o coração rasgado pelo medo." O furacão que sempre passa por este quarto (sim, já deu de perceber que é um quarto, né?!) passa feito um furacão. Não vive lá, mas mora lá. Os sonhos são secretamente amaciados pelo travesseiro, único cúmplice que recolhe todas as mágoas, as alegrias e os pensamentos sem repugná-los.


O furacão adora mudar e, na maioria das vezes, olha para trás e fica satisfeito com os es-tragos que traz consigo na lembrança remota. E os estragos também são deliciados com um sopro leve de vitória. No entanto, nada arranca do seu seio o medo de tentar novos es-tragos, que podem se tonar estragos. Certamente, porque é natural do furacão ter estragos como rastros. Ou talvez, porque ele não seja tão ciente da sua capacidade de fazer es-tragos.

Enquanto ele divaga sobre a existência da sua capacidade, as coisas vão acontecendo e o empurrando para os desafios, mesmo que ele não aprove todas as mudanças. É como se o mundo dissesse a ele que não importa o medo que ele tenha dentro de si, importa sim ele arriscar e tentar rastros menos impetuosos e mais solidificados. E nesse vão muito estreito entre o divagar e o arriscar, em que reside o medo, não cabe a parada, mas o sinal de avance, arrisque, es-trague ou estrague, mas faça.

(...)

O quarto vai sendo abandonado pelo furacão, para ser ocupado não se sabe por quem. Quem sabe alguém que seja também um furacão ou um vento breve. O furacão, então, parte, muda e transforma. Invade outros terrenos, outras vidas, outros mundos e se refaz furacão sempre...com es-tragos e estragos...


Luana Diniz
mudanças pra quem te quer, mudanças

domingo, 8 de julho de 2007

Welcome! Bequimão is this way!


Um agente de viagens chega e lhe entrega um folder demonstrativo da cidade para a qual você estaria interessado em viajar. No folder contém informações gerais da cidade, acrescidas de fotos do local. Essas fotos são bonitas, com paisagens naturais e também apresentando a variedade de instalações onde você poderá ficar durante a sua estadia. O agente de viagens, com esta ferramenta aliada ao seu papo persuasivo, consegue te convencer que aquele é o melhor lugar para você curtir as suas férias.

Ao chegar nesse lugar esperado e sonhado durante os preparativos da viagem, você se depara com um cenário adverso àquela apresentado pelo agente de viagens, com personagens atípicas e com instalações...bem, com instalações nada confortáveis. O que você faz diante disso?

Bem, bem! Se você faz o mesmo que eu diante de um convite de amigos (verdadeiros agentes de v-i-a-g-e-m) para conhecer um bairro óóóóótimo, para curtir um bar óóóóótimo, mas chegando lá, depois de uma pernada para atravessar a fronteira do USA e do Sri Lanka, você ouve desde longe umas músicas breeeegas, do tempo em que sua avó era moça, pede cerveja e te respondem que há apenas de uma marca (até boa), você pede algo para 'beliscar' e te trazem uma carne roubada e mal-roubada por ser mal-assada, ainda assim você fica feliz por estar na mesma roubada (também) com amigos, eu digo que você é uma pessoa que adora se aventurar.

É! Depois de você pegar o ônibus e descer na parada final de um bairro desconhecido com uma amiga que garante saber o endereço do amigo que irão visitar, logo depois beber horrores e terrores falando sobre Sex and the City (Vaqueiro Seboso adorou a pauta), sobre o que a Nova-Velha Verdura deve fazer da sua vida, sobre sexo, sobre o cara que estava bebendo sozinho na mesa ao lado, sobre se Noiada estaria ou não alcoolizada, sobre o próximo FoDaS, sobre um monte de outras coisas sem-noção e, ainda, é obrigada a fazer uma barreira humana para Companhia da Noite esvaziar a bexiga na rua, nada pior do que olhar um bêbado chegando perto de ti para pedir algo que você não lembra o quê, afinal o friozinho da barriga domina todo o seu corpo, e sair correndo cantarolando na madrugada com seus amiguitos musiquêtas que vão até Sandy&Júnior. É! Que aventura, hein?!? Melhor não repetir. A não ser que algum dos sobreviventes tenha carro pra te deixar em casa e não te faça cochilar numa parada vendo fantasmas do Mato Groso e de Juçatuba...
Welcome! Bequimão is this way...
Luana Diniz
recusando tours noturnos

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O mercado da baixa auto-estima



Outro dia fui com 2 amigos a uma livraria e uma coisa me chamou a atenção: quase todos os livros que estavam na vitrine desta eram de auto-ajuda. Os livros da vitrine, assim como qualquer outro produto mercadológico, são colocados lá, em destaque, porque estão entre os mais procurados. Olhando o ranking semanal de venda de livros, confirmei minha tese, os livros mais vendidos eram de auto-ajuda. O mais preocupante é que o problema da baixa auto-estima não está atingindo somente os brasileiros. Inquieta procurei por dados sobre os livros mais vendidos nos Estados Unidos, e lá também comprovei que o problema não é só nosso.
È estranho falar sobre auto-estima, visto se o nome é auto-estima, ela não deveria jamais estar baixa!(valeu a brincadeira). Eu mesma, nas minhas crises de depressão, já li um livro sobre o tema, se chama “Você é insubstituível”, do autor, Augusto Cury. Se o mundo anda com a auto-estima baixa, Augusto Cury anda com a dele bem alta. O autor é um dos mais bem sucedidos do ramo, e já vendeu seus milhões de cópias, dos seus mais de 10 livros ( só o que eu vi no encarte promocional) que falam sobre o assunto. Tenho um amigo que odeia esse tipo de livro, ele já até tentou ler “Você é insubstituível”, que segundo ele não conseguiu passar da primeira página porque não gostou da comparação com um esperma. Todo livro de auto-ajuda, tem um princípio básico: o elogio. No caso da comparação com o esperma Cury queria enfatizar que desde o principio somos vencedores. Os leitores deste tipo de leitura podem ter certeza que mais do que nunca vão ser elogiados, vão ter seu ego amaciado, também pudera, isso era o mínimo que o cara poderia fazer depois de tu gastar 15R$ com o livro! O “mercado” da baixa auto-estima tem dado lucros. Recentemente chegou ao Brasil “The secret”, o livro de auto-ajuda sensação nos EUA. Sabe quanto ele custa aqui? 35 reais! Achou caro? Esse é o preço para sua auto-estima voltar a crescer... Pensando por esse lado até que é uma bagatela, pagar 35 R$ pela sua auto-estima de volta. Agora multiplique um milhão, número de exemplares vendidos, por 35 R$... É um número bem agradável, não acha?Eu acho.
Lendo “Você é insubstituível” percebi que não preciso deste tipo de leitura, mas não critico ninguém que goste do gênero, pra falar a verdade eu até to pensando em escrever um livro sobre o assunto. Já estou até vendo a as sessões de autógrafos e eu aparecendo em programas tipo “Márcia” e “Casos de Família”, isso sem falar nas várias palestras que me esperam, e do lucro certo que virá com elas, é claro!(rss)
Você que está com a auto-estima baixa saiba que você não é o único a ter esse problema e que todos nós passamos por momentos difíceis em que nos sentimos incompreendidos, sozinhos, sem forças onde tudo o que queremos e dar as costas para o mundo e acabar com todo este sofrimento, mas que assim como eu você pode ter ajuda, não de livro, mas de amigos, que podem realmente te mostrar que você é insubstituível e que ainda existe muita coisa boa neste mundo
.
Lidiane França

domingo, 1 de julho de 2007

Um Tosco Sob o Sol de São Luís

Estava eu em mais um sábado de indecisão sobre onde ir dar uma volta à noite. Estava um pouco cansado do roteiro desenvolvido à tarde e um pouco aborrecido com alguns. O meu destino era parar no Arraial do Cohatrac e apreciar algumas de nossas manifestações folclóricas mais expressivas, como o Boi de Nina Rodrigues e o Cacuriá de Dona Teté. Bom, sobre este último, já demonstrei todo meu apreço e lascívia na noite da última quinta, então não me interessei mesmo ir até lá. Logo depois, apareceu uma senhora em casa pedindo que eu redigisse uma mensagem especial sobre uma data especial que não vem ao caso neste momento.
Não sei se bom ou ruim, se coisa do destino ou não, acabei me cansando com a redação e decidi não ir mais para o Arraial. Logo, acabei terminando minha noite com minha companheira videodrômica, a televisão.

Porém, a experiência não foi tão mal assim... Para minha grande surpresa, a Rede Globo de Televisão, em seus momentos de bom gosto, exibiu no Supercine deste sábado um delicioso filme (aceitem o adjetivo, por favor). Sob o Sol da Toscana me fez rir a beça e ficar admirado comigo mesmo! Logo eu, que detesto comédias românticas ando rindo à toa com filmes do gênero e até recomendando aos outros a assistirem tal gênero que apenas esconde em histórias que repetem os antigos contos de fadas iludindo seus espectadores com a idéia de que existe uma alma gêmea que um dia virá montado num cavalo branco para viver com você para o resto da vida. Dos contos de fadas, eu só acredito nas bruxas, que são super-sexy. Quanto ao resto, fico é com raiva. Ou melhor, ficava...

Não sei bem o que me encantou no filme e que me prendeu a atenção na trama. Talvez eu esteja mais feminino, não sei. O que eu sei é que o filme é bem aquelas histórias que as meninas assistem para chorar e rir juntas misturando chocolate com coca-cola. (o que não faz meu tipo, já que não gosto do consumo de drogas). Talvez eu esteja mais sensível ao mundo e às coisas do mundo. Ou será que estou apaixonado sem saber?!! Acho que ainda não existe esta categoria de paixão sem o objeto do desejo... Tá, antes que você se confunda com minha neurose, vou relatar os detalhes que mais me chamou a atenção.

O filme começa com a imagem de um girassol. A câmera abre o plano e mostra a cena em que a personagem principal da trama, uma escritora chamada Frances, é aplaudida pela orientação a um jovem escritor. No meio da festa, um outro escritor ofendido por uma crítica negativa feita por ela num jornal especializado lhe joga uma praga. Ela então descobre ser traída pelo marido, termina o casamento, perde quase tudo e entra numa depressão profunda morando num apartamento onde todos dos prédio moram provisoriamente por estarem na mesma situação de solidão que ela.

A amiga de Frances - Patti, que é lésbica, grávida e casada - resolve ajudar a amiga lhe dando uma passagem para Toscana, na Itália. Num primeiro momento, Frances reage contra até perceber que estava se matando aos poucos. A viagem era uma excursão com um grupo de gays pela Itália e Pete a convence de que o passeio seria uma diversão sem qualquer tipo de compromisso. O mais engraçado é que nas cenas em que o guia da excursão convida os turistas a conhecer a Itália com a seguinte frase: "Meninas, sigam a florzinha!" (a flor é o girassol que volta à cena novamente).

No meio da viagem, Frances se encanta com a imagem de uma casa colada num muro. A casa chamada de Bramasole, que quer dizer "algo que anseia pelo sol", estava praticamente abandonada. Continuando seu percurso, ela encontra a casa e no impulsivo resolve comprá-la. A partir de então, resolve ter uma vida totalmente diferente do que estava acostumada, passando a se adaptar aos costumes regionais. Aos poucos, vai redescobrindo por meio de amigos insusitados, o prazer das pequenas coisas, como sorrir, se apaixonar, fazer amigos...
Uma das pessoas que ela conhece é Jerzzy, que foi amante de Frederico Fellini. Ela acaba nos dando ótimas idéias sobre como viver!
"Nunca perca a inocência da infância. É ela que nos mantém vivos!"
"Quando eu era criança, vivia em busca de joaninhas, desesperadamente. De tanto procurar, acabei cansando e quando acordei, estava cheia de joaninhas por todo meu corpo."
"O arrependimento nos prende ao passado. Nunca se arrependa de nada, viva o presente e o futuro!".
Frances em uma das cenas desabafa para o corretor de sua casa, que acaba se tornando um confidente, que sua maior vontade era ver um casamento acontecer naquela casa enorme e que os quartos fossem ocupados por uma família. No final, ela se surpreende com a concretização do seu pedido, porém, não da forma exata como tinha pensado.
Mais uma lição para nós que, por vezes, conseguimos o que queremos, mas não da forma como queremos, mas conseguimos!
Eu termino dizendo que sei que a vida não é como um filme onde tudo acontece tão rápido e de forma tão romântica. A vida real é um pouco menos idílica e romântica nas idealizações humanas. Ainda mais quando se vive sob o sol de São Luís e sendo Tosco e não, toscano.
Enfim...
Postado pelo quase-romântico Alberto Júnior.

Parabéns nesta data querida...

"Passarei a minha vida a provocar as confidências dos loucos. São pessoas de uma honestidade escrupulosa e cuja inocência só encontra um igual em mim." [André Breton]

Hoje As Aventuras dos Toscos e Ralados na Net completa dois mesinhos de vida, com seus mais de 500 visitantes. Para celebrar esta data nada melhor que uma frase de reflexão sobre a loucura, já que boa parte dos nossos leitores devem nos achar loucos - o que não é inverdade. E você que lê nossas locuras? Também não seria um louco?
Luana Diniz
lunática, tosca e ralada

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