sábado, 3 de novembro de 2007

Direito? Onde?

A nova propraganda (Campanha Conscientização do voto jovem) do TSE – Tribunal Superior Eleitoral –, que está no ar em todas as emissoras de tv do país há alguns dias, mostra jovens reivindicando o direito de serem ouvidos. A propaganda seria interessante se ela não fosse óbvia ou, então, se no lugar da obviedade, a tal ferramenta proposta como megafone fosse outra, além do voto.

Embora a “politicagem” tenha tomado a vez nos meandros políticos, eu sou a favor do voto. Do voto sem essa máscara imposta aos cidadãos.

Mas voltando à peça publicitária, o que me inquieta também é a forma que o voto toma para solucionar a falta de voz dos jovens. É direito e dever de todo o cidadão lutar para ser ouvido, mas regredir o direito ao voto aos 16 anos, como há várias eleições vem sendo estabelecido, não passa de uma jogada política para o aumento da população eleitoral.

Aqueles, no entanto, mesmo conscientes da politicagem e prontos para gritar a vários cantos as suas opiniões, são alvos desse suporte por um outro viés. Quem não já ouviu ou disse que "se o adolescente de 16 anos já pode votar, ele também pode responder por seus atos"? Esse discurso fundamentado num sentimentalismo exacerbado e na ausência de responsabilidade social serve de justificativa para a redução da maioridade penal. Um discurso negligente...
Se o jovem aos 16 anos vota, não é porque os representantes sejam conscientes da sua capacidade psicológica e emocional de responsabilidade. Mas sim porque a sociedade, os representantes políticos e, pior, a mídia estão numa campanha intensa para usar os jovens num desvio insolente de atenções. Você deve estar pensando que eu seja contra tal postura, não é? Você não errou. Os jovens não devem desviar atenções. Os jovens devem ter seus direitos respeitados somente. Direito que está além do voto. Direito de respeito. Já estou tão indignada que vou deixar esse texto por aqui...Você vai se importar muito em não terminar como deveria terminar? Tá! Depois eu colo aqui um artigo que eu fiz contra a redução da maioridade penal, então, você vai me entender...Enquanto isso, vou ali descansar as minhas costas que estão doendo. Xêru.
Luana Diniz
aaarrrr

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu vou mais além...

Ao invés de se fazer uma campanha sobre o voto aos 16 anos, porque não se faz uma contra a obrigatoriedade do voto?

Deste modo, poderiam reutilizar a mesma campanha sobre a importância do voto como direito e não como dever estendido a todos.

Acredito que o voto seria usado com consciência política por aqueles que se consideram aptos a votar.

Toda forma de obrigação e proibição é coercitiva e não favorece a livre expressão.

É bem diferente quando se faz algo porque quer. Os motivos são seus e não da NAÇÃO.

ASS: Alberto Júnior

Polyana Amorim disse...

hum, esse texto poderia ser do lunaticidades...

acho que o Ralados tá perdendo a graça...

é melhor pedir penico!

Luana! disse...

hã??
cumassim o texto poderia ser do lunaticidades?
meu estilo de texto, meus temas sempre são os mesmos...
se o Ralados tá perdendo a graça, de fato, é por causa dos próprios ralados...não por causa de um texto...
aff...

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