sexta-feira, 28 de setembro de 2007

A festa da música brasileira (americanizada)


Vídeo Music Brasil: festa que contempla e premia artistas brasileiros (ou pelo menos era pra ser).
Eis, que o show começa e a Cicarelli anuncia a primeira atração: Juliette and The Lewis. A banda é boa, a mina é doidona, mas não é música brasileira.
Então, rola a premiação. As catigurias são apresentadas uma a uma. Entre elas uma tal de melhor webhit. A vencedora foi aquela "vai tomar no cu, bem no olho do seu cu". A mulher que canta essa pérola sobe ao palco toda popstar agradecendo ao empresário, aos fãs, aos produtores e à Xuxa e, o pior, sai fazendo a dança do Siri (que bizarro!).
Esse ano, a MTV resolveu limar um bando de catiguria. As de melhor rock, melhor pop, melhor rap, melhor música eletrônica, melhor MPB sumiram sem deixar vestígio, mas a que continuou lá, firme e forte, foi a de melhor artista Internacional (e quem faturou foi o Red Hot, uhuuuuuuuuu!), na festa da música brasileira. As bandas mais premiadas da noite foram bandas de molecotes que imitam disfarçadamente (ou descaradamente) bandas gringas.
Chega a hora de mais uma grande atração da noite, Marilyn Manson. Com uma cara de quem tava pouco ligando pra aquilo ali, ele tocou duas músicas, assim meio apático e ainda fudeu com o púlpito da premiação. Tirando a Sandy-junha, o shows foram SÓ de bandas de rock. Será que a música brasileira é só rock?! Eu acho que não. Ah, é...teve o tal do MC Sandrão, um cara que, sem sombra de dúvida ( eu aposto um passe nível 3 nisso), é só uma marionetizinha de alguma grande gravadora tentando faturar. Aí, o cara chega lá todo cheio de onda, bancando o mano de periferia que canta as mazelas de sua comunidade, aff! E, a música dele falava de não-sei-o-quê do povo oriental...
Em se tratando de estrutura, tava tudo lindo. Palco, iluminação, links perfeitos, tudo muito dinâmico. Tirando alguns errinhos bobos, como, por exemplo, a Cicarelli anunciar o cara do Cachorro Grande com a Sandy-junha quando, na verdade, quem cantou foi o cara do Fresno (Fresco!). Quer dizer, não foi um erro tão bobo assim. Um evento dessa proporção tem que primar pela perfeição, sem falar que sempre tem um pentelho que repara nessas coisas.
A idéia do karaokê com os artistas foi bem bolada, mas nesse karaokê, tocou no máximo umas três músicas brasucas.
Isso nem de longe é xenofobia. Minha banda preferida é gringa, mas numa festa que celebra a música brasileira o que menos se ouviu foi música brasileira, minha gente. E, sinceramente, não é por falta de artista nosso, não! Tem muita gente boa do Brasil dando o que falar por aí.
Foi o melhor VMB que já vi pela estrutura e tal, como falei acima. Entretanto, foi o mais incoerente.
Como diria Caetano: emi-tê-vê bota essa porra pra funcionar direito!
Polyana Amorim
deixa eu ir que tá na hora de trabalhar

5 comentários:

Davi Coelho disse...

Poly, eu não assisti o evento.
Mas concordo com vc que a música brasileire perde a essência direitinho numa parada dessas.
A Emi-Tê-Vê tem que reavaliar essas catigurias, rapá!

Um bjo pra tu.

Luca disse...

Eu tb não assisti ao VMB.
Mas, em vez de criticar a Emi-Tê-Vê, vou dar um murro no teu nariz por ousares falar pejorativamente de SANDY&JÚNIOR!
Piquena, tu não cria vergonha na cara, não?!
Procura ARrespeitar...

Rum...

Anônimo disse...

Muita produção p/ compensar o pouco conteúdo.
Ainda bem q não perdi meu tempo assistindo a essa porcaria. Para falar a verdade, nem seuqer me lembrei do tal VMB.

Anônimo disse...

Poly, eu assisti a apenas o final da apresentação de Sandy, a galera do "vai tomar no cú" e a premiação do artista internacional.
Eu confesso q torci pela Amy Winehouse, hehehehehehe...
Realmente a produção e link´s estavam legais e até mesmo Cicarelli me surpreendeu. O erro do nome do artista não deve ter sido dela, né... ela deve ter lido o TP!

Anônimo disse...

Ô gentee...
A arte tá morta e afogada.[ouvi isso numa daquelas vinhetas da MTV que o cara fala muito rapidão...]=p

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