domingo, 12 de agosto de 2007

PELO DOM QUE NOS É DADO!

Música e Cinema: dois temas recorrentes neste blog e que eu não tive como fugir ao senso-comum. Sobretudo, quando se trata deste homem da foto ao lado.

Nelson Freire começou a tocar piano quanto tinha três anos, surpreendendo a todos tocando peças de memória que haviam sido executadas por sua irmã.
Em 1957, ao 12 anos de idade, Nelson Freire foi o sétimo colocado no Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro (o vencedor foi o austríaco Alexander Jenner), com a interpretação do Concerto Imperador, de
Beethoven. Então, ganhou uma bolsa de estudos em Viena.Em 1964, Nelson Freire conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano Vianna da Motta em Lisboa e em Londres recebeu as medalhas de ouro Dinu Lipatti e Harriet Cohen.
Nelson Freire embarcou em sua carreira internacional em 1959, dando recitais e concertos nas maiores cidades da Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, Japão e
Israel.

Nelson é considerado pela crítica especializada, um dos mais importantes pianistas mundiais.

Mas, o objetivo deste post não é só o Sr. Freire.

Neste fim de semana assisti ao documentário dirigido por João Moreira Salles sobre este renomado músico. E me encantei com o trabalho de direção de João, com a construção do roteiro, com o personagem principal e com a música, que tanto me renova o espírito!

O documentário é dividido por temas: infância, carta do pai, músicos, descompasso(e seu acerto), danusa, etc e tal! e vai apresentando um gênio, de comportamento tímido, porém, grandioso nas pequenas coisas (como eu adoro os detalhes!)

Sua história de vida, sua família e o modo simples como construiu sua carreira já é, por si só, um roteiro maravilhoso.

A imagem de Nelson, sozinho, ao piano, é hipnotizante!

O instrumento musical que mais me fascina é a flauta transversal, porém, a imagem de um pianista em seu ofício musical e a densidade do som que se consegue ao piano é desconcertante!

No filme, é mostrado uma carta do pai de Nelson relatando todo seu trabalho em prol do crescimento artístico do filho. Quando perceberam que tinha gerado um prodígio, investiram tudo na educação musical dele e na mudança de toda a família para o Rio de Janeiro. O esforço valeu a pena e demonstrou algo que sempre me intrigou: o Dom que cada um de nós leva consigo!

No caso de Nelson, a música estava ali, gritando, chamando a atenção por meio de uma criança de dedos tão pequenos. Porém, o dom não cresce sem o esforço necessário, sem a força de vontade, sem a VOCAÇÃO!

E aqui ponho em questão três conceitos que se fundem e se confundem: o DOM, o TALENTO e a VOCAÇÃO!

Acredito que os três existem, de modo separado, mas ganham força e sentido quando se juntam.

O dom é para mim, a essência misteriosa que nos acompanha e que pode ficar para sempre guardada se não for percebida, nem trabalhada.

O talento é o dom praticado sem esforço. É fazer algo comum a todos de forma criativa e diferente. É quando percebemos nossas aptidões e percebemos que aquele "modo de fazer" nos é inerente, mesmo que a gente não queria.

A vocação já é o desejo, a força de vontade de superar limites e manter atualizado e renovado este nosso TALENTO.

Muitos são talentosos, mas não vocacionados, e acabam se perdendo no caminho.

Muitos são vocacionados, mas não talentosos e permanecem pela força de vontade.

O filme me fez refletir sobre meu amor pela música e sobre o envolvimento com ela que tanto me fascina e me confunde.

As experiências que temos na vida nos fazem reavaliar conceitos e definir nossos talentos. Por vezes, queremos tanto algo que acabamos ofuscando outros dons que acabam ficando guardados.

É preciso ter auto-confiança e auto-conhecimento de si mesmo para poder seguir a estrada da vida!

Sejamos como Nelson e como João Moreira Salles. Mostremos ao mundo nosso dom, transformando-o em talento em prol dos outros!

Façamos da nossa própria vida, um dom!


Alberto Júnior

messiânico

6 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, amigo!Tu tava inspirado, heim?!

Luana! disse...

as tuas concepções acerca da vocação e do talento ficaram confusas, para mim...pelo menos,naum consegui concordar com a diferenciação delas, até porque vou fazer uma reflexão about cada uma depois...

no mais, no fim tu pareceu ser insubstituível ou um espermatozóide q conseguiu lutar pela sobrevivência...

Lidi, que milagre comentares um texto de sua naum-autoria, guria...

Ah, adorei tu vires falar do documentário. Temos que produzir para fazer valer vossos dons,talentos, vocações ou sandices mesmo!!

haushasu

Anônimo disse...

Preciso de doses cavalares de vocação para transformar o meu talento em ganhos financeiros. Urgente!!! Os famigerados plano de sáude e as contas de celular e do cartão de crédito são tiranos quanto a inadimplentes.

Davi Coelho disse...

Muito bonito moço.
Tbm tenho fanscínio por piano [e por flauta transversal!!]
Foi bom ler isso. Vou procurar materiais desse moço Nelson.

Grande Abraço e Parabéns.

Anônimo disse...

O CAPITALISMO CORTA TODO NOSSO TESÃO!

Luana! disse...

^o)
talvez, o teu problema seja impotência mesmo, Albert!

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