segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O ciclo, como um pé de feijão.

Quem se nega a enxergar a realidade é parceiro íntimo da ilusão. Quem se amiga à realidade, se oportuniza as incertezas. Incertezas que são valas a serem preenchidas pelas emoções, pelas pessoas, pelas atitudes ao longo de um tempo; um tempo igualmente incerto, só potencializado (ou não) pelo estigma apreendido nas aulas de ciências, plantando um pé de feijão: nasce, cresce e morre.

Esse ciclo, não peremptório a todos, é recheado por vários semi-ciclos, que se intercedem pela lembrança eterna dos sentimentos.


Ao virar-se para o ciclo que se foi, vêm-se à cabeça todos os afagos que uma boa vida pode dar, todos os brinquedos que se poderia ter, todos os amigos com quem se poderia brincar, todos os amores que se poderia viver e todas as lutas que se poderia travar; como se tudo aquilo fosse um passado impalpável, numa caixa de pandora. Esse tesouro sagrado só não é comparável ao susto pavoroso ou risonho do fim do próprio ciclo, pois, embora as mudanças sejam idilistamente buscadas, adaptar-se a elas não é uma tarefa generosa. E quando vêm os novos ciclos...*um dia vem o fim.



*(Stórias)




Luana Diniz
aos companheiros de chapa, de blog, de (ciclo de) vida...

6 comentários:

Davi Coelho disse...

A cadeia de Ciclos presa por sua vez, ao Grande Ciclo ( o da vida e do pezinho de feijão)

Muito bom mesmo moça Luka.

Bjo no tcheu olho esquerdo.

Polyana Amorim disse...

lindo texto, luna

tá quase uma profissional

XD

um bjo no olho direito pr'ele naum ficar com ciúmes

eSQCer disse...

Vcs estão muito filósofos!!

Luca disse...

ha ha ha
¬¬'
ralada!!!
é sempre um prazer te ver por aqui, Suca! se bem que nem lembro qual foi a última vez q tu viestes aqui...hihihi

tosca!

Anônimo disse...

Ontem vivenciei, por tabela, uma situação sobre ciclos, na cerimônia de casamento de um parente próximo.

Após os devidos "sim", a sessão interminável, porém necessária, de fotos/filmagens e a degustação do bolo, chegou o momento das falas protagonizadas por parentes, amigos e convidados dos recém-casados.

Pois foi nessa ocasião que tive uma visão clara e precisa do início-meio-fim cotidiano. Se, por um lado o casal deixava o convívio direto na casa de papai e mamãe, por outro, passavam a compartilhar uma outra relação familiar e todas as responsabilidades inerentes a ela, inclusve a chegada de um novo e aguardado membro. Contraditoriamente, em poucos dias, um outro casal selaria o urgente e conturbado divórcio que se arrastava há mais de um ano.

Sinceramente, não encarei isso como um fim absoluto, mas a continuação de algo que vem sendo construído, embora p/ alguns de nós a vida pareça transcorrer em "câmera lenta", onde os fatos não evoluem; se arrastam e os fracassos suplantam as glórias, desobedecendo ao roteiro ensinado desde cedo: crescer + estudar + trabalhar + namorar + casar = ser feliz, revelando que nem sempre o todo é a soma das partes.

Anônimo disse...

"A vida que me ensinaram como uma vida normal
Tinha trabalho, dinheiro, família, filhos e tal
Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso
Mas isso é menos do que tudo,
É menos do que eu preciso"

Educação sentimental II (Kid Abelha)

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