domingo, 1 de julho de 2007

Um Tosco Sob o Sol de São Luís

Estava eu em mais um sábado de indecisão sobre onde ir dar uma volta à noite. Estava um pouco cansado do roteiro desenvolvido à tarde e um pouco aborrecido com alguns. O meu destino era parar no Arraial do Cohatrac e apreciar algumas de nossas manifestações folclóricas mais expressivas, como o Boi de Nina Rodrigues e o Cacuriá de Dona Teté. Bom, sobre este último, já demonstrei todo meu apreço e lascívia na noite da última quinta, então não me interessei mesmo ir até lá. Logo depois, apareceu uma senhora em casa pedindo que eu redigisse uma mensagem especial sobre uma data especial que não vem ao caso neste momento.
Não sei se bom ou ruim, se coisa do destino ou não, acabei me cansando com a redação e decidi não ir mais para o Arraial. Logo, acabei terminando minha noite com minha companheira videodrômica, a televisão.

Porém, a experiência não foi tão mal assim... Para minha grande surpresa, a Rede Globo de Televisão, em seus momentos de bom gosto, exibiu no Supercine deste sábado um delicioso filme (aceitem o adjetivo, por favor). Sob o Sol da Toscana me fez rir a beça e ficar admirado comigo mesmo! Logo eu, que detesto comédias românticas ando rindo à toa com filmes do gênero e até recomendando aos outros a assistirem tal gênero que apenas esconde em histórias que repetem os antigos contos de fadas iludindo seus espectadores com a idéia de que existe uma alma gêmea que um dia virá montado num cavalo branco para viver com você para o resto da vida. Dos contos de fadas, eu só acredito nas bruxas, que são super-sexy. Quanto ao resto, fico é com raiva. Ou melhor, ficava...

Não sei bem o que me encantou no filme e que me prendeu a atenção na trama. Talvez eu esteja mais feminino, não sei. O que eu sei é que o filme é bem aquelas histórias que as meninas assistem para chorar e rir juntas misturando chocolate com coca-cola. (o que não faz meu tipo, já que não gosto do consumo de drogas). Talvez eu esteja mais sensível ao mundo e às coisas do mundo. Ou será que estou apaixonado sem saber?!! Acho que ainda não existe esta categoria de paixão sem o objeto do desejo... Tá, antes que você se confunda com minha neurose, vou relatar os detalhes que mais me chamou a atenção.

O filme começa com a imagem de um girassol. A câmera abre o plano e mostra a cena em que a personagem principal da trama, uma escritora chamada Frances, é aplaudida pela orientação a um jovem escritor. No meio da festa, um outro escritor ofendido por uma crítica negativa feita por ela num jornal especializado lhe joga uma praga. Ela então descobre ser traída pelo marido, termina o casamento, perde quase tudo e entra numa depressão profunda morando num apartamento onde todos dos prédio moram provisoriamente por estarem na mesma situação de solidão que ela.

A amiga de Frances - Patti, que é lésbica, grávida e casada - resolve ajudar a amiga lhe dando uma passagem para Toscana, na Itália. Num primeiro momento, Frances reage contra até perceber que estava se matando aos poucos. A viagem era uma excursão com um grupo de gays pela Itália e Pete a convence de que o passeio seria uma diversão sem qualquer tipo de compromisso. O mais engraçado é que nas cenas em que o guia da excursão convida os turistas a conhecer a Itália com a seguinte frase: "Meninas, sigam a florzinha!" (a flor é o girassol que volta à cena novamente).

No meio da viagem, Frances se encanta com a imagem de uma casa colada num muro. A casa chamada de Bramasole, que quer dizer "algo que anseia pelo sol", estava praticamente abandonada. Continuando seu percurso, ela encontra a casa e no impulsivo resolve comprá-la. A partir de então, resolve ter uma vida totalmente diferente do que estava acostumada, passando a se adaptar aos costumes regionais. Aos poucos, vai redescobrindo por meio de amigos insusitados, o prazer das pequenas coisas, como sorrir, se apaixonar, fazer amigos...
Uma das pessoas que ela conhece é Jerzzy, que foi amante de Frederico Fellini. Ela acaba nos dando ótimas idéias sobre como viver!
"Nunca perca a inocência da infância. É ela que nos mantém vivos!"
"Quando eu era criança, vivia em busca de joaninhas, desesperadamente. De tanto procurar, acabei cansando e quando acordei, estava cheia de joaninhas por todo meu corpo."
"O arrependimento nos prende ao passado. Nunca se arrependa de nada, viva o presente e o futuro!".
Frances em uma das cenas desabafa para o corretor de sua casa, que acaba se tornando um confidente, que sua maior vontade era ver um casamento acontecer naquela casa enorme e que os quartos fossem ocupados por uma família. No final, ela se surpreende com a concretização do seu pedido, porém, não da forma exata como tinha pensado.
Mais uma lição para nós que, por vezes, conseguimos o que queremos, mas não da forma como queremos, mas conseguimos!
Eu termino dizendo que sei que a vida não é como um filme onde tudo acontece tão rápido e de forma tão romântica. A vida real é um pouco menos idílica e romântica nas idealizações humanas. Ainda mais quando se vive sob o sol de São Luís e sendo Tosco e não, toscano.
Enfim...
Postado pelo quase-romântico Alberto Júnior.

7 comentários:

Rafael Carvalhêdo disse...

Perdi o filme!
Queria ter assistido!

Axo que tu estava ou está em um momento sensível, mas Alberto não vejo problema algum em as vezes a gente se entregar para os clichês desse gênero. É até saudável.
Não sou muito fã de jargões, mas o da joaninha foi massa!!! :P

Outro dia curti uma comédia romântica desse jeito! Mas é assim mesmo, hoje é produção mais rentável até na Conchinchina!!!

E a comparação com os contos de fadas foi excelente! Não tinha percebido! Cool!

Luca disse...

Olha, se tu te encantou com a trama, pq tua feminilidade está mais aflorada, disso não tenha dúvidas, até porque uma pessoa que quer porque quer ser insensível, é porq ela não o é. Então, deixe a sua máscaca (menção ao teu post anterior) e mostre o ser passional q há dentro de ti.

Qt ao filme...esse lance da amiga lésbica q ajuda outra amiga, q foi perseguida por uma praga de um invejoso, me fez lembrar bem de mim mesma...claro q eu sou a France.

Cara, eu só não assiste a esse filme, pq eu tava no MSN exatamente com essa amiga lésbica citada acima, mandando mensagem pro celular do amigo invejoso prele acordar e assistir ao Milton, no Serginho Groisman...hunf...ele já estava acordado, oras!

Mas sim...gostei das frasêtas, principalmente da joaninha mesmo.
A nossa vida é isso. Nada feita de felicidade, mas de momentos alegres (de Odair José). "Ouvi" essa frase da pessoa q eu menos esperava ouvir...mas ela condiz mesmo com as lutas que temos, onde nem sempre uq conquistamos é tb aquilo por que lutávamos.

Alberto e a toscana de Helinho

Anônimo disse...

1 - CAIO, COOL É ALGUMA EXPRESSÃO PEJORATIVA?

2 - ONDE FICA A CONCHICHINA MESMO?

3 - LUANA, VOCÊ ESTÁ ESPERANDO EU "AFLORAR" MINHA PASSIONALIDADE PRA DIZER QUE TE AMO, É ISSO? PRA QUÊ? PRA EU MORRER DE VERGONHA NUMA DELEGACIA TE DENUNCIANDO PELA VIOLÊNCIA CONTRA O HOMEM, DEPOIS DE NOS CASAROS? QUERO ISSO PRA MIM NÃO!

4 - TU E TUA AMIGA LÉSBICA COM NOME DE VERDURA ESQUECERAM QUE ANTES DE PEDRO EXISTE ALBERTO, E QUE ALBERTO PRECISARIA TER ASSISTIDO MILTON? QUE BOM QUE EU FIQUEI EM CASA PORQUE SE DEPENDESSE DAS INFORMAÇÕES DOS "AMIGOS" SÓ NO OUTRO DIA QUE EU OUVIR: "VIU MILTON NO SERGINHO?" - NÃO! "AH... FOI LEGAL!" - VÁ À PUTA QUE PARIU! COM CRASE E TUDO!

Anônimo disse...

OBS: NO DETALHE ACIMA, A EXPRESSÃO CASAROS VEM DO LATIM CASARMOS!

Luca disse...

ei, seu tosco! a mensagem foi para o teu celular...ou pelo menos era pra chegar, neh? té louco, louco?
e outra: vá à puta com crase está certo, psicopata! tu falou certo e tentou fingir q tinha errado de propósito...a pessoa nem sabe o fala e escreve..ah, cool é legal, morô?


aushaushaushaush

P.S.: eu naum keru casar contigo!

Anônimo disse...

MENSAGEM PRO MEU CELULAR?
SIM, O USO DA CRASE NÃO IMPORTA... O IMPORTANTE É IRES À PUTA, MESMO...
EU SABIA QUE COOL ERA LEGAL, SÓ QUERIA SABER QUAL A RELAÇÃO DO COOL COM O PAUL (AQUELE CANTOR...)

EU NÃO VOU CASAR TÃO CEDO!

Anônimo disse...

puxa!!!! depois de quase tres meses que vi um filme na TV - não tinha idéia do nome - resolvi procurar o filme pela historia, entro naquele "Fantástico Mundo de Google" e digito uma parte do filme... que surpresa maravilhosa! Cai aqui... rsrsrs
Eu também adorei o filme (que por acaso assisti, pois nos sábados dificilmente vejo TV).
Eu também quase morri de rir, afinal não é todo dia que temos o prazer de assistir uma comédia inteligente - ainda mais na Globo...
Obriga por ter postado sobre o filme, que só agora pude descobrir o nome...
Um abraço
Wânia Rosy

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