domingo, 10 de junho de 2007

Um canudo acadêmico é realmente importante?


Este blog, como descrito no editorial, é formado por jovens universitários (toscos e ralados). Todos somos do mesmo período, embora alguns ainda estejam com atrasos em algumas disciplinas.
E este ano, completaremos o nosso ciclo na já conhecida e também ralada Universidade Federal do Maranhão. Participaremos da famosa colação de grau e receberemos o tão aguardado diploma de bacharéis em Comunicação Social em suas habilitações específicas.
Em 2003, ao participarmos da primeira aula no curso, vários eram os sonhos e os questionamentos. Desde dúvidas bem coisa-de-calouro, como não saber bem do que tratava sua habilitação no campo profissional e os estereótipos profissionais de cada habilitação no campo da Comunicação. Exemplos: Jornalista, etimologicamente falando (hehehehe) : aquele que trabalha em jornal impresso que domina as TV's e as revistas e participa de badaladas festas como convidado, cheio de glamour e status; Relações Públicas: aquele que trabalha como promoter das festas em que seu colega jornalista vai cobrir e é responsável por organizar os eventos sendo não apenas o decorador, como também o garçom e o mestre de cerimônias; Radialista: aquele que passa 4 anos na faculdade para ser locutor e ainda perde sua vaga no mercado pelos profissionais registrados no DRT com curso de nível médio do SENAC.
Bom, passada essa fase de pura ignorância, a turma percebeu que o curso ia além desses estereótipos pré-concebidos. Ele oferece muito mais. Contudo, não no nível necessário que precisamos para uma formação digna e competente, em comparação com outras faculdades do país. Alguns se desiludiram logo no início e desistiram. Outros buscaram fazer outro curso e complementar sua formação profissional com o objetivo de ter um emprego garantido. Outros ainda conseguiram um emprego.
Durante todo este tempo na faculdade, sempre fiz meus questionamentos sobre o que aproveitei de bom no curso e se me preparei de forma adequada e coerente. Alguns dizem que é o aluno é total responsável pelo seu bom rendimento no curso. Para outros, a instituição é quem prepara o futuro profissional. Mas, que tipo de profissional somós nós que estamos prestes a receber nosso CANUDO?
Faço uma avaliação pessoal sobre minha caminhada no curso e percebo que o desencatamento de Alberto Júnior foi grande, assim como as decepções. Eu não quero ser pessimista, e por isso, ressalto as boas disciplinas e experiências "de vida" que tivemos dentro do curso, e até agradeço aqueles que fizeram bem seu trabalho e que me ajudaram a ser um profissional coerente: Esther Marques (pela filosofia de vida e ensinamento com sua própria história), Flávio Reis (pelo esforço em nos fazer pensadores críticos e não meras máquinas de produção de notícias), Francisco Gonçalves (por mostrar que existem professores competentes na área de Comunicação e que nos basta apenas agir), Protásio (pelas lições de moral desnecessárias no momento da disciplina, mas que hoje servem muito), Rose Ferreira (por ser exemplo de profissional na habilitação de Rádio e Tv com nível de graduação e respeito profissional sem precedentes), Peter (por mostrar que tipo de professor não queremos ser), Cecília Leite (que continua revelando que sucesso não é ter nascido com a bunda virada pra lua, mas sim, é trabalhar muito), Junerlei (que me revelou muito das experiências estéticas escondidas nas experiÊncias cotidianas, e por ele ser uma pessoa treta-legal), Tânia (pela disciplina de Linguagem Musical), Amanda (chatinha, mas que fez me encantar ainda mais por Glauber Rocha), Larissa Leda (por também nos fazer perceber que é muito simples fazer uma carreira acadêmica, bastando apenas ler e estudar), Robson (pelos filmes mais exóticos já vistos por mim), Colombo (por ter-me ensinado um pouco sobre roteiro e cinema), Gleydson e Wesly (pela empolgação necessária pra nós em fim de curso)!
Eu já estou sacando que vocÊ já cansou de ler tudo isso, mas eu não cheguei ainda ao objetivo do meu texto: "Um canudo acadêmico é realmente importante?". Meu questionamento é: será que estamos realmente preparados para o mercado de trabalho? será que estamos saindo da faculdade como críticos, formadores de opinião? será que valeu a pena?
Eu retiro desta crítica, as experiÊncias cotidianas e humanas durante o curso. Essas sim, levarei comigo para sempre e são elas que eu mais valorizo em minha vida.
Meu medo é: ainda há tempo de alcançarmos nossos sonhos de primeiro período? Se for assim, ainda quero trabalhar na TVE, e ser um crítico respeitado na área de Cultura, comportamento e Música. Se eu levar em conta minhas experiências profissionais enquanto estagiário, levo comigo a bagagem da Rádio Universidade na área musical (ponto!), a experiência que estou tendo agora, mesmo que em assessoria, de entender como funciona uma instituição e seus trâmites em relação a área cultural.
Contudo, vejo que meu destino está me encaminhando para uma outra perspectiva. Eu ainda quero terminar meu curso de História e associá-lo ao de Comunicação. O que vai dar essa mistura? um pesquisador na área de Memória Oral - meu encantamento! Mas e o Rio de Janeiro e a TVE? eu também quero saber a resposta!
Bom, o que eu não quero e nem desejo aos meus amigos é um futuro frustrante e medíocre previsto por uma colega: que todos nós nunca saíremos do Maranhão, casaremos, teremos uma penca de filhos e não nos realizaremos profissionalmente.
Eu já bati três vezes na madeira,e tu?
Postado por Alberto Júnior, o ralado mais magrelo da turma.

8 comentários:

Luca disse...

Achei legal essa reflexão, Alberto, embora eu a venha fazendo há um bom tempo. Aliás, acho que não refletir sobre isso dentro de 4 anos, ainda mais prestes a sair da facul, é quase impossível, né?!?

Ainda assim, apesar dos pesares, dos males, q os cansados e frustrados insistem em ressaltar, eu tenho perspectivas positivas. Não, exatamente, relacionadas ao mercado, pois isso é até relativo, uma vez que se formos optar pela honestidade e pela ética, o mercado ficará ainda mais restrito e, talvez, até inexistente aos nossos olhos. Se optarmos pelo glamour, pela fogueira da vaidade e da luxúria, encontraremos um mercado tb apertado, afinal é um querendo passar por cima do outro, e aí a ética não existe, mas sim 'tubarões' em uma maré 'braaaaaaaba'.

No entanto, não podemos negar tb que nossos sonhos e expectativas de hoje sejam iguais aos de quando entramos na Universidade, pois as vivências foram muuuuuuuuitas, boas e ruins, mas foram muuuuuuuuuitas. Daí acho que surge apenas uma conscientização e um enfoque bem mais trabalhado e pronto.

Eu também não quero um futuro medíocre e frustrante.Eu sei o que eu quero, ou pelo menos, para o eu tenho tino. O meu único problema é que não saber por onde começar. As minhas experiências de estágio me engrandeceram enquanto profissional, pois hoje sou mais cara-dura, posso assim dizer. E, exatamente, por essa cara-durice, dispensei um futuro "promissor", pois ele não se enquadrava dentro das minhas perspectivas profissionais.

Enfim, tenho certeza que, embora alguns profissionais da minha área deixem muito a desejar à sociedade, eu quero é ser Jornalista (quem sabe me tornar uma grande pesquisadora da área, a la Chico Gonçalves?). Não sou nada contra a profissão de professor [;)], mas percebo que esse sim será um futuro frustrante para mim. Portanto, vou tentar descobrir de onde devo partir e ainda verei meus textos publicados em revistas nacionais, não (só) pelo glamour ou pela fogueira da vaidade, mas também porque eu quero aquilo que eu acho mais belo dentro da área de Comunicação: a EXPRESSÃO!

Rafael Carvalhêdo disse...

Gostei do post, Alberto! Refle xão legal. Fico pensando que daqui dois priodods, sou eu quem vai estar refletindo sobre isso. Ai ai!!!

Mas CREDO! Quem é essa pessoa agourenta que preveu esse destino "infamous" pra vcs?!

Anônimo disse...

Eu gostaria de acrescentar ao texto um apêndice.
Acredito que quem segue numa pós-graduação não tem o objetivo único de ser professor, mas sim, o de aperfeiçoar o conhecimento acadêmico e profissional.
Ser radialista na TVE não me impedirá de fazer meus mestrados e doutorados na área afim da Cultura e História. Ou será que vai?
De qualquer modo, já faço aqui minha previsão de sucesso a todos meus colegas que batalham com muito talento e força de vontade por um lugar ao sol!
Vamos em frente que atrá vem gente, né Caio!? hehehehehhe...

Unknown disse...

-.-

Anônimo disse...

MUEJA? WHO IS YOU?

Luca disse...

mueja responde:

Yes, I do!

Anônimo disse...

Amigo, Albert, tu estais preocupado com o que a falecida Samantha disse?!rss. Ela não é profeta pra advinhar o futuro. Vamos prever o futuro dela: ela não vai se formar, vai se casar com um gorduxo feio, vai ser dona de casa, vai ter uma penca de filhos mimados e chorões e vai passar o dia na janela fuxicando com as vizinhas!rss.

Anônimo disse...

isso se segundo deixar...

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