sábado, 30 de junho de 2007

Espelho, espelho meu...





"Sede não é nada. Imagem é tudo." O refrigerante sprite apenas confirma uma ideologia tão presente na modernidade e tão discutido nos estudos comunicacionais que falar disso aqui em nosso blog pode ser algo redundante, chato e repe-ti-ti-vo. Mas é um fato! A aparência acaba se tornando pré-requisito pra tudo em nossa vida, mesmo quando não queremos levar isto em conta.

Por exemplo, numa entrevista para emprego, antes mesmo de você pensar em seu próprio currículo, já visualiza todo seu ENORME guarda-roupa para decidir qual roupa usar. É a imagem lhe pressionando a adotar uma postura.

Outro: você é convidado para ir a um casamento ou outro evento social cerimonioso. Novamente, vem logo a dúvida: Com que roupa eu vou?

Assis Valente, o compositor já cantou esse tema refletindo sobre a futilidade e sobre a necessidade de nos vestirmos para as ocasiões. E que a imagem que criamos de nós mesmo é a idéia final que prevalece nos nossos relacionamentos. Ou seja, a primeira impressão é a que fica.

Sim, somos todos bruxas más e vaidosas ao nos olhar no espelho e repetir:"espelho, espelho meu, existe alguém mais bonito do que eu?" . Eu, devido aos últimos acontecimentos, tenho repetido não esta frase, mas outra cantada por Bethânia na música Demoníaca (ver em: http://www.youtube.com/watch?v=6whJ2aGhG0s ): "Espelho, espelho meu, existe alguém mais terrível do que eu?.

A preocupação com a imagem que fazemos de nós mesmos e dos outros acaba sendo um jogo de relações entremeado de máscaras, de situações mentirosas, de cenas de um grande teatro da vida em que somos os atores principais. E deste espetáculo, todos fazem parte. E não adianta vir com a história de que a falsidade é uma questão de mau-caratismo!!

Então vamos ao teste: Quem nunca passou por uma situação embaraçosa e teve que mentir para alguém sem querer fazer isso? Parabéns, você não é o único ator no mundo.

Quem nunca passou por uma situação de ser agradável com alguém que é um porre só para não ofendê-lo por educação? Bingo! vai logo procurar a Rede Globo!


Quem nunca deu uma desculpa esfarrapadíssima pra poder se livrar da companhia de uma persona-non-grata? Gente, vc já pegou seu diploma na Escola de Artes?

Quem nunca fez pose de qualquer coisa para tentar chamar a atenção de algum objeto de desejo amoroso? Descarado!
Enfim....
O fato de se usar máscaras nas relações sociais não quer dizer um mau-caratismo ou falsidade. Quando se usa de falsidade, promovendo relações sem profundidade e apenas para obter algum benefício e depois descartar a pessoa que lhe serviu de ponte é o verdadeiro problema. E disso vemos muito!

Todo este epílogo é para compartilhar convosco da minha aflição sobre as conseqüências que podem ter gerado os últimos acontecimentos compartilhados em companhia de alguns toscos e ralados. Ás vezes, tomamos atitudes em ambientes de grande movimento sem qualquer noção do que teremos como resultado. A primeira impressão realmente é a que fica para quem lhe vê pela primeira vez.
Você pode até discordar de mim e dizer que eu levo tudo pela aparência. Mas não é isso! A primeira impressão pode nos fazer afastar ou aproximar dos outros. Sim, temos preconceitos! você não é perfeito. Mas, até mesmo depois da aproximação de alguém que você só deduzia pela imagem e percebe a alma, a essência e valores por trás de um rostinho bonito ou horrível, mesmo assim, ainda fica no nosso inconsciente a primeira impressão. E a guardamos para poder utilizá-la no primeiro vacilo do outro.
Exemplo: Você conhece alguém pela primeira vez. Você constrói todo um perfil para esta pessoa. Esta pessoa estava bêbada no dia em que conheceu você e vocês estavam numa festa. Alguns dias passam e vocês se encontram novamente. Pode ser em outra festa. E o bêbado de antes, está sóbrio. Sua inquietação irá perdurar até o momento em que o outro pegar um copo com álcool e satisfazer sua afirmação mental que martela: "Não disse que ele era um bêbado?"
Toda essa crise de identidade é apenas para expiar meus excessos dos últimos dias (que foram ótimos, por sinal) e para ressignificar a minha boa imagem, de bom moço, de sandálias aos pés e cantava na igreja aos domingos. (lindo, não?!)
Enfim, para aqueles que me viram bodado nas últimas semanas, com a perspectiva de ter sido estuprado, venha para a Igreja Católica do Cohatrac e repense sua primeira impressão sobre mim. Você se surpreenderá!


Postado por Alberto Júnior, vaqueiro redimido.

4 comentários:

Luca disse...

O fato de se usar máscaras nas relações sociais não quer dizer um mau-caratismo ou falsidade.

Boa maneira de tentar convencer a ti mesmo q não és um mau-caráter ou um falso ou pior: CALOTEIRO!
asasashausha

Sem brincadeira, eu gostei do texto, embora no final tu tenha repetido toda a argumentação anterior, o que fez o texto ser longão e parecer que EU o tivesse escrito, o que vai deixar Amorim p@#$ da vida...mas o jeito lunático, reflexivo e sarcástico de ser me fez ter orgulho da sua volta aos Bosts...

Luca disse...

Ei, me voltando para o tema...

Tens razão ao revelar o quão enfadado já está a associação da imagem ao conteúdo, principalmente, para nós. Mas não entendi qual era a dos testes...
As quatro situações descritas eu já passei. Será que posso mesmo ser uma GLOBAL? Ou serei eternamente uma
Maria Flor ?

Anyway...

Anônimo disse...

OS TESTES FORAM APENAS PARA AQUELES QUE SE RECONHECERAM EM TAIS SITUAÇÕES SE SOLIDARIZAREM COMIGO NA ANGÚSTIA DAS CENAS!
PARA VOCÊ SAIR DA ETERNA MARIA FLOR É NECESSÁRIO APENAS QUE VOCÊ SEJA GENEROSA COM ALGUM VELHO-NOJENTO-BUKOWSKI QUE TE ACHE INTERESSANTE EM ALGUMA COISA...
SUA VAGA ENTÃO, ESTÁ GARANTIDA!

Luca disse...

Cumassim a minha vaga já está garantida?
Quem disse q eu me solidarizei contigo? E outra: quem disse q eu quero velho nojento a la Bocóvski? Eu já disse q odeio esse cara! Ele não me excitou nada, nada...é um paspalho.

hunf

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