domingo, 20 de maio de 2007

Vamos ao Hotel California



Numa estrada escura e abandonada, vento fresco em meus cabelos, cheiro ardente de baseado, se erguendo pelo ar. Mais a frente na distância, eu vi uma luz cintilante. Minha cabeça ficou pesada e minha visão escureceu, eu tive de parar para dormir.


Lá estava ela na entrada da porta; eu ouvi o sino da recepção e estava pensando comigo mesmo:"Isso pode ser o Paraíso ou o Inferno". Então ela acendeu uma vela e me mostrou o caminho. Havia vozes pelo corredor, eu acho que ouvi elas dizerem...Bem-vindo ao Hotel Califórnia. Então eu chamei o Capitão,"Por favor, traga-me meu vinho".


Ele disse:"Nós não temos esse espírito aqui desde 1969.E aquelas vozes ainda me chamam do além, te acordam no meio da noite apenas para ouví-las dizerem...


Eles estão desfrutando a vida no Hotel Califórnia, que surpresa agradável, tragam seus pretextos. Espelhos no teto, o champagne rosa no gelo, e ela disse: "Nós todos somos apenas prisioneiros aqui de nossa própria artimanha".


E nas salas dos chefes, eles se reunem para o banquete. Eles apunhalam com suas facas de aço, mas simplesmente não conseguem matar a besta. A última coisa que me lembro, eu estava fugindo para a porta.


Eu tinha de encontrar a passagem de volta ao lugar onde estava antes."Relaxe", disse o mordomo,"Nós estamos programados para hospedar:Você pode fechar a conta a hora que desejar, mas você nunca pode sair!"
Polyana Amorim

3 comentários:

Luca disse...

Gostei do texto. Gostaria mais ainda se ele não me lembrasse que o autor é usuário de maconha e que o texto é retrato estranho (emaconhados nunca se lembram das alucinações) de uma experiência dele.

Se bem que o início do texto e a imagem no post me relembram uma experiência vivenciada exatamente com o mesmo autor, em que buscávamos um tesouro precioso, perdido num Oásis, e perdidos também estávamos nós, Numa estrada escura e abandonada, vento fresco em meus cabelos, cheiro ardente de baseado, se erguendo pelo ar. Mais a frente na distância, eu vi uma luz cintilante. Minha cabeça ficou pesada e minha visão escureceu, eu tive de parar para dormir.

Só um detalhe que faltou para que tudo se encaixasse seria mencionar que na "parada" para dormir, tínhamos ao lado um outro bêbado dançando e a alguns metros à nossa frente, burgueses se reun(iam)em para o banquete .

Mas outra passagem procede: A última coisa que me lembro, eu estava fugindo (e gritando atrás de um ônibus).

"Relaxe" e goze, Alberto!!!

P.S.: Viu, Polyana, o que o caminho das drogas faz com as pessoas?
"Você pode fechar a conta a hora que desejar, mas você nunca pode sair!"


E tenho dito!

Anônimo disse...

"PODE CRÊ" - NÃO CONSEGUI LER NADA COM ESSA COR DA FONTE...
VOU PEGAR UM LEITOR ÓPTICO E JÁ VEJO ISSO...
ENFIM...

Luca disse...

Uhm...
agora que o texto foi "devidamente" assinado, posso considerar q ele, ainda, tenha conexão com as drogas!!!

viu? viu?

eu sempre soube...

8)

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