quarta-feira, 23 de maio de 2007

Mas que diabos são esses sentimentos?




Amor, paixão...Paixão, amor... Nem os maiores pensadores do mundo conseguiram conceituá-los, nem os maiores compositores, poetas, experientes ou não nesses sentimentos sabem conceituá-los, nem mesmo os amantes e apaixonados o sabem.

O problema conceitual é tão extraordinário que os dois sentimentos chegam a se confundir e se tropeçarem em uma linha tênue, muito imperceptível e daí a origem das tragédias humanas: a falta de amor-próprio, jogado no outro; os crimes com desculpas passionais e assim por diante. Há exemplos bíblicos, literários, reais e surreais que corroboram isso ao culminarem com a fatalidade: Jesus Cristo morreu por amor aos seus irmãos; Romeu e Julieta suicidaram para não serem separados em vida; Adão comeu a maçã por amor a Eva; Narciso morreu por amor a si mesmo, à sua própria imagem; Adolf Hitler matou gerações por amor a uma ideologia racial; a Thaís vai tentar destruir a vida da irmã-gêmea, Paula, por amor a si mesma e etc. Enfim, sabemos sentir o coração pulsar pelo outro, a respiração faltar, as pernas cambalearem, sabemos ser desengonçados ao lado do outro, mas será que tudo isso simboliza o AMOR, a PAIXÃO?

O meu querido amigo e autor do post abaixo fez tal texto, após uma discussão nossa por MSN, em que eu o inquiri acerca do subnick "Quem é apaixonado por si mesmo, não tem rivais" . Eu defendi que, a partir do momento que você se apaixona por si mesmo, você acaba sendo seu "escravo", assim, como o lendário Narciso. E ele retrucou dizendo que ao apaixonar-se por si mesmo, ele poderia se apaixonar pelos demais, o que subentende uma compreensão mútua. Legal isso, né?!

Não! Eu não achei legal! Talvez, ele não tenha me entendido, mas a minha posição era que o Ooooooorkut, sem uma filosofia real e até banal, punha aquelas tais "sortes do dia" sem coerência, um exemplo é o citado acima, em que AMOR por AMOR dá sim o direito de um amar ao outro, sem cobranças, sem devaneios, sem imposições e com compreensão e aceitação de qualidades, de defeitos, de diferenças, enfim.

Para mim, a frase seria bem mais sábia se fosse trocado o termo PAIXÃO por AMOR. Pois, como eu já disse, apesar de ninguém neste mundo divino saber conceituar um ou outro, todos sabem sentir as suas diferenças. Então, se Alberto se descobriu apaixonado por si mesmo, mais do que nunca, ele se tornou um ser egoísta, onde a falta de auto-controle e os devaneios são inerentes (eita, porra!). No texto O apaixonar-se por si mesmo, ele se utilizou por várias vezes do termo 'paixão' e foi coerente, conforme a descrição do mesmo, até por experiência "convivida" com outrens. Mas, considero, que ele tenha errado ao dispor a seguinte expressão: o objeto do meu amor; desconsiderando todas as vezes que ele utilizou a palavra 'paixão'. O amor não tem objetos, ele tem objetivos. Objeto é algo que se usa com um fim, não necessariamente bom, nem necessariamente a longo prazo. Os objetivos do amor não é consumir ninguém, é construir uma relação de cumplicidade e felicidade, é uma AMIZADE, acima de tudo!!!

A minha vasta (cof, cof, cof) experiência no assunto me faz tratar o assunto sob tais perspectivas, mas considero que a conclusão, o ENFIM, só vou obter ao fim da vida, quando recalcularei e refletirei acerca da importância das várias paixões que passaram em minha vida. Sim, sim...várias paixões, pois os relacionamentos 'amorosos' são feitos, em sua maioria, de paixões, mas a caliência, a pulsação, a vibração, o frenesi são os vilões da deturbação e futilização do EU AMO VOCÊ!

Não estou condenando meu caro amigo bloqueiro pelo "Alberto Júnior, eu te amo!!!". Só estou defendendo o meu posicionamento nada retrógrado e nada preconceituoso, mas sim empírico. ;)

Por tudo isso, discordo do escritor francês Chamfort ao dizer que o amor, tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contacto de duas epidermes. Isso não é amor, é paixão. Eu sugiro ao orkut a seguinte frase de Oscar Wilde: Amar é ultrapassarmo-nos!

AME, Alberto! Se apaixone, se masturbe, mas AME!!!!! Não se frustre por eu não te amar!




Luana Diniz


3 comentários:

Unknown disse...

Antes de sair dizendo por aí "Eu te amo", faça o seguinte questionamento: o que eu amo quando eu te amo?
A resposta pode ser surpreedente.

Luca disse...

Uhm...interessante, Lid_Louca!!

Quando eu digo EU AMO VCS a vcs, eu amo a cara de abestados, acreditando que estou falando a verdade!!!

:D

Por isso, que prefiro o I hate you !

[Sorry, Milla! Eu não me contenho! :( ]

Anônimo disse...

Acho que a frase seria a seguinte: "'o que eu amo quando eu me amo!"
Eu amo tudo que há em mim e até mesmo o amor que há em mim pra mim mesmo.
Agora, o que eu amo quando digo que amo Lidiane, eu já não posso responder porque ainda não vi tudo que pode ser usufruido pelo amor. Até porque sei que outros estão aí na disputa "judicial", hehehehehe...
O que eu amo quando digo que amo Luana, deve ser o fato de que quando eu digo "Eu te amo" pra ela, quer dizer "Eu te odeio" e vice versa.
O que eu amo quando eu digo que amo Poly, geralmente acontece quando ela me dá algum presentinho... aí eu amo Polyanamorim de montão, heheheheheh...
Enfim...
O que eu amo quando digo que amo a todos vocÊs é na verdade o amor que todos vocês depositam em mim? tem coisa melhor para si amar?

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