é só uma partida de futebol...

Manhã de trabalho. Segunda-feira. A estagiária (que vos escreve) tentou fazer uma entrevista numa roda de fiscais, mas eles nem notaram a presença dela por que estavam discutindo animadamente a derrota do Corinthians pra algum time aí e sua ida para a segunda divisão do campeonato brasileiro (acho...).
Na parada de ônibus, a caminho da Universidade, alunos de ensino fundamental, lá pelos seus doze, treze anos também discutiam energicamente sobre o tal jogo.
Na fila do RU, dois caras falavam da decadência do Timão.
Em casa, ela encontra o irmão, o pai e a irmã discutindo sobre o quê (ganha um doce se acertar!)? A derrota do Corinthians e blábláblá. O boa noite que ela deu nem foi retribuído.
[Pensei eu cá com meus botões: É o futebol que une as pessoas? Não! É a desgraça alheia. Dava pra ver o brilho nos olhos de cada um de tanta satisfação em saber que aquele time silascou-se e que seus torcedores vão se “esconder” dos outros por um bom tempo por causa da “vergonha” e essas paradas]
Particularmente, achei esse furor todo desnecessário e muito chato (putz! Esse povo não sabe falar de outra coisa?!?! Ave Maria!), ainda tentei ficar lá de entrosada na sala com a família e tal. Mas, eles estavam tão concentrados na discussão que eu fui pra escanteio. E, como se não bastasse, ainda falavam alto que eu nem conseguia ouvir a TV e quando pedi encarecidamente pra que eles fizessem um pouco de silêncio, fui fuzilada com um “ah, Polyana! Volta pra Marte”.
=/

Voltei!

Polyana Amorim

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