domingo, 24 de junho de 2007

Os tempos que não voltam mais

Em contra-senso ao post "E quem vai brincar no Parque?", no qual a esbórnia (palavra mais bonitinha que a bagaça, né? =D) é criteriosamente checada como um ponto negativo sob um âmbito social, o atual post vem ao encontro de uma pergunta que anda insistindo em acompanhar o grupo dos toscos e ralados e os grupos circunvizinhos, aí já ditos como anexos: "Por que não conseguimos mais tomar aqueles porres homéricos e históricos de velhos tempos de farras?".


Putz! A pergunta-mãe vem acompanhada de outras filhinhas:
"Será que estamos ficando velhos?"
"Será que o álcool não está mais fazendo efeito na gente?"


Credo! E essas vão puxando outras bem piores, que nos fazem chegar a resposta alguma. Meu Deus! Será o nosso fim, então? Ah, não! Tudo está perdendo a graça. Pôxa! Logo agora que as amizades estão ficando mais sólidas, os sentimentos mais explicitados, o companheirismo mais presente. Será tudo isso resquício do desânimo? Vixe! Então, estamos fadados a morrer de cirrose, porque simplesmente nosso organismo não apita mais quando estamos no limite, ou melhor, nem conseguimos mais saber onde é o nosso limite, o que acaba por facilitar a ingestão de mais e mais álcool, a vontade de provar outras drogas para ver se faz um efeito mais psicodélico, mais UP. Éguas! Acabei de pirar o cabeção. Imaginem só ficarmos velhos com cirrose e (a)provando os mais diversos tipos de drogas com o objetivo de reviver grandes causos, de grandes épocas! Não, não. Acho que já estou dramatizando demais ou, pelo menos, viajando demais e perdendo a linha de pensamento lógica.
Então, vamos lá! Na verdade, na verdade, penso que estamos apenas passando de fase. Não estou me referindo àquele troço etário de pré-adolescência/ adolescência/ vida adulta. Estou me referindo àqueles games, em que você vence todas as barreiras de uma fase, com adrenalina pura e vai para outra fase ainda sem saber em que território está pisando, aí fica comparando uma fase à outra, sendo que as formas de vencer de cada fase são obviamente diferentes umas das outras. É! Eu acho que é mais ou menos isso mesmo. Nós estávamos 'brincando' em uma fase que condizia com nossos objetivos, nossas ânsias de calouros e, agora, estamos na fase quase formados e não percebemos, ainda, que os objetivos mudaram. Ou melhor, que as formas de se chegar à piração total de uma bagaça (pronto! escrachei) são outras.

Por exemplo, há dois semestres ando evitando pisar em calouradas, pois para mim já se perdeu a graça naquilo ali, mas alguns amigos insistem em ir e no final das contas dizem: "Ah! Foi a mesma coisa de sempre!" E eu fico: "Uhm, não perdi nada! =/"

Há alguns dias, porém, constatamos que não estávamos comparecendo no nosso amado Bambu (limítrofe total) e que deveríamos tomar um belo porre, como em tempos - agora, mais do que nunca - longínquos. E assim fomos: para o Bambu! É, até que conseguimos ficar alcoolizados, eu até diria que forçando um estado 'terminal', mas o local do porre de cair seria distante meeeesmo da UFMA. Deu que, simplesmente, uma tal chama do "eu quero curtir outros tempos, no lugar dos outros tempos" chamou ou acendeu. E, como rolava uma calourada, não teve quem não resistisse em ficar por lá. Ops! Houve sim: EU, apenas eu. É, né?! Não dá, minha gente! Não rola mais. Calourada só muuuuuito ligada mesmo, caso não, posso até ficar depressiva. Então, larguei os toscos e ralados por lá e decidi que o tal porre coletivo aconteceria em uma outra oportunidade e que ele não deveria coincidir com uma calourada. ¬¬'
Fui pra parada, peguei meu ônibus e eis que encontro um amigo que pergunta por onde andam os toscos e ralados. Lá eu respondo e ele me vem com a pergunta nada surpreendente do porquê de eu não ter ficado, daí eu explico que não me sinto mais empolgada com calouradas. Antes elas tinham objetivos, que poderiam ser o de conhecer o novo ambiente (univerdade), pessoas novas, encontrar paqueras e tal; mas hoje esses objetivos estão ultrapassados ou, pelo menos, não residem mais nesse tipo de ambiente. Aí ele me perguntou, então, qual seria o ambiente ideal pra mim e eu disse que seria uma bar normalzinho, para sentar com os amigos ouvir um som nada requebrante de esqueleto e trocar idéias, falar merda e cair no chão de tanto rir; ou até mesmo uma praia...sei lá...qualquer coisa mais calma. E ele deu o diagnóstico, como se fosse um médico impiedoso e objetivo para o seu paciente: "Tu tá ficando velha!"

Pô! Me conta uma novidade aê! Aliás, não me conta mais nada não. Essa é uma novidade bem velha, bem-dita, mas nunca aceita. Aff...Perguntando (no dia após a calourada) como tinha sido a noite para aqueles que teimam em vendar os olhos, ouço a seguinte resposta (novamente): "Ah! A mesma coisa de sempre!" E eu para mim mesma: "É, né?! Fazer o quê? Também tem isso!" (bordão dos velhos tempos).

Admitamos: ENVELHECEMOS! Não podemos negar isso, nem mesmo nos abatermos com tal constatação. Penso mesmo que, como no game, devemos apreender as novas formas de diversão, sem nostalgias e somente com as lembranças dos tempos memoráveis (redundante? não! reflexivo!), que não podem voltar e aos quais não podemos e nem devemos (tentar) ficar presos.

Divirtamo-nos, tomemos nossos porres, mas não como outrora...Caso contrário, vamos eternamente woodstockar.



Luana Diniz
"fiquei velha! mó legal!"

10 comentários:

Anônimo disse...

Ai,ai...

E eu que pensei que isso acontecesse só comigo...

É fato que às vezes me sinto meio que perdendo a minha juventude, ao ficar em casa, simplesmente na net ou então assistindo as minhas coisinhas... Mas é quando eu vejo também que Bambu e calouradas REALMENTE não me chamam mais a atenção que chamavam antes... E sempre me aplico este mesmo diagnóstico: "Tow ficando velho!".

Mas será que é tão ruim assim?

Acho que não!

E concordo plenamente com Luana: vamos apreciar sim essa nova fase, descobrindo todas as suas coisas boas, mas não esquecendo tudo de maravilhoso que já vivemos antes!

Beijos a todos os "velhinhos" que lerem este coment!

Xeru, e ótima semana a nós todos!

Tarsila Cardoso disse...

eu nem sei o que falar pra vc's. to meio em crise por conta disso!!!!

Polyana Amorim disse...

bom, estamos num game...associei logo a Jumandi, kem lembra?

dois irmãos foram pra lá crianças, viveram experiências únicas e surreais...e td q eles keriam era atravessar todas as fases pra voltar pra ksa...
no nosso caso, a nossa morada almejada é um futuro onde um dia a gnt chegue, olhe pra trás e perceba que td que foi vivido valeu mto a pena...é normal ter saudades de coisas d outrora...é mais normal ainda, perceber que naum se pode voltar no tempo...hj estou diferente de ontem, amnha estarei diferente de hj...naum posso kerer recosntruir td q vivi, achando q vou sentir as mesmas emoções e sensações...mas, sendo humanos a gnt teima em achar q o melhor de nossas vidas já passou...ou foi a infância, ou foi o colegial, foi o tempo do cefet...cara, o melhor mesmo pe isso aki, o presente, o agora...é bom envelhecer assim...isso prova q somos os mais legítimos dos seres humanos: complexos, cheios de crises existenciais e que, mesmo da maneira mais louca e inexplicável, só kerem ser felizes com os outros e principalmente consigo..

Rafael Carvalhêdo disse...

Pessoa cruael essa que te disse isso hein!!! Credo!!!

Mas enfim, cada fase do jogo seus desafios próprios. creio que é so vc encontrar o 'macete' dessa que vc já já está passando pra uma outra...talvéz nela tu esteja casada, dona de casa, 7 filhos e edentária.

Ou vc pode voltar a jogar a mesma fase.

Que tal?! Eu fazia isso em Mário, quando gostava muito da fase. heuehu

Luca disse...

(ha-ha-ha)², Caio, Rafael, Carvalhêdo ou sei lá uq...
Pessoa saliente e abusada essa q me disse isso, sabe?!? Um amigo muy Irresponsable number zero!
Hen hein...
Mas sabe...eu não quero essa fase aê q "me desejastes", naum, pikenu...mas se este for o prêmio pelo meu jogo, não poderei lutar contrar...
Ainda assim, por naum kerer essa fase de jogo, muito menos a anterior, como vc faz no Mário, eu fico c essa fase aqui mesmo...lutando c os botões q tenho para conseguir minha tão almejada próxima fase...naum pretendo estagnar no tempo e, como disse Amorim, temos mesmo q curtir o agora, sem ficar imaginando q o tempo passado foi o melhor...
É q nem qd eu imaginava q eu deveria ter nascido na época da ditadura para ter sido uma daquelas estudantes revoltados com os processos políticos e talz...heuehuehe...Por isso, sou mais o jogo da Lunática aqui, em q eu tento ser a protagonista da minha história!!!!
Enfim, estou velha sim, e daí???

Polyana Amorim disse...

vai prum asilo, pow!

Rafael Carvalhêdo disse...

Que post mais nostálgico...aff!!!

Luca disse...

Nostálgico?
Huum...quem mermu q lembrou do jogo do Mario?
ahsuahsua

Poly, qd eu for pro asilo, eu vou te levar junto...tu tá mais decadente q eu...
ahsuiahaushaushas

Anônimo disse...

Eu quero voltar pro Cefet!
buaaaaaaaaa!
deprimi!

Anônimo disse...

Eu quero voltar pro Cefet!
buaaaaaaaaa!
deprimi!

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