sábado, 1 de março de 2008

Big Radiun acabou!

Juro que não lembro, com exatidão, em qual ano eu entrei na Rádio Universidade FM. As fotos daquela época denunciam que eu ainda era completamente uma ingênua estudante querendo conhecer a sua área profissional, assim como tantos outros. Passei por apenas um núcleo (Jornalismo), mas, para partir dessa ingenuidade, passei por aperreios inenarráveis.

Quase eu tive um treco para fazer a minha primeira entrevista. Se eu não me engano, era com o presidente do sindicato de professores do estado e, ao encerrá-la, dei um berro que ecoou pelo estúdio de gravação. Daí em diante a segurança nem era prepotência, mas apenas o jornalismo percorrendo a veia. Cheguei a ir a uma entrevista coletiva e conseguir uma exclusiva, que nem era tão exclusiva, já que estava em jogo o status 'entrevista para a Rádio Universidade FM'.

A chefia não era o quê me garantia felicidade no ambiente de trabalho, mas sim a empatia e harmonia entre os diversos núcleos. Nooooossa! A liberdade, de outrora, em sentar no Núcleo de Programação para mexer nos CDs de Chico Buarque, Elis Regina, Paulinho Moska...de ir para o Estúdio de Gravação vasculhar os equipamentos de sonoplastia...pirar no Núcleo de Produção para tirar fotos com artistas ou, ainda, fazer sessão fotográfica com a câmera do Núcleo de RP...coisas muito simplórias e íntimas que faziam da Rádio uma grande família.

Foi lá, ainda, que nasceu a melhor banda de todos os tempos - KNUSI -, a melhor trupe de amigos que qualquer amigo pode desejar - TOSCOS e RALADOS -, os melhores bate-papos que saíam da calçada para o chatO ou do chatO para a calçada e, claaaro, os melhores profissionais. HeHeHe. Bem queiramos, hoje, já somos maduros profissionalmente e temos lá o espelho dos grandes profissionais da comunicação da nossa capital.

Mesmo já tendo saído, para retornar em outra função, ainda no mesmo Núcleo, e tendo sentido a ausência daqueles que estavam comigo no primeiro momento, pude novamente conhecer outros grandes amigos. Amigos que preservaram a tradição de furar fila do RU (onde entra um, entram dezoito); de doar a azeitona do almoço; de esperar outros amigos vindos de estágios fora do campus; de ficar aperreando Isi para permanecer no MSN, no horário de almoço...

Essa época foi embora, como tantas outras estão indo em nossa vida acadêmica. Aliás, chego mesmo a ficar intrigada se a nossa (TOSCOS e RALADOS) vida acadêmica não foi, exatamente, a Rádio Universidade. É como se ela fosse um marco e tívessemos nos percebido enquanto batalhadores na Comunicação, após ter entrado nela...ou saído!

Ontem, foi o último bota-fora da Rádio Universidade FM, em que eu fui peça inerente, enquanto estagiária de 2007. Nunca se sabe e, como disse Milena e tantos outros, um dia podemos voltar à casa, no entanto, como profissionais e não mais como figurantes de banco escolar.

Mesmo que esse dia não chegue, as lembranças e os aprendizados não são reconhecimentos clichês. É tudo mais que gratidão, mais que o verbo 'foi'. São responsabilidades profissionais e amizades eternas.

1 comentários:

Anônimo disse...

Por se situar dentro da Universidade, a rádio foi para nós uma extensão da vida acadêmica e, com certeza, espaço de grande aprendizado profissional e local de prática do que víamos na teoria, ocupando uma função que deveria ser dos laboratórios que não funcionaram durante mais da metade do curso.

Além disso, grandes amizades, amores e intrigas aconteceram durante o período de estágio dos estudantes de Comunicação na Radiun.

Experiências que ficarão para sempre e, quem sabe, poderão continuar em outra condição: como profissionais!

E vamos em frente!

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